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terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Pensamentos cotidianos

Resolvi postar um texto de 2014, que acho bem adequado ao momento.


31/05/2014 

Do que adianta dinheiro no bolso, se não se tem tempo e disposição para aproveitar os passos que são dados no decorrer dessa vida ilimitada?

Quantos corações ficam esperando correspondência de paixões, perdidos nas esquinas, por medo de frustração?

Essa Era de insanidade vai destruindo todas as relações que encontra pela frente: relação entre pai e filho, de esposo e esposa, de companheirismo...

O sistema as vezes me parece uma barreira intransponível, que ganha força dia após dia.

Parece utopia uma sociedade mais justa e humana, onde valores valem mais que encher o bolso de dinheiro e só pensar em si mesmo.

Nessa luta, muitos se entregam. Jogam a toalha pois muitas vezes as ações não surtem o efeito desejado. O sistema se mantem de pé. Quando você desiste, é tudo que o sistema quer. 

Não tente mudar o mundo, se concentre em expor suas idéias para seu vizinho. Pois dessa forma de alguma forma estará mudando o mundo, ao seu redor.


Raphael Medeiros
31/05/2014 – 19:28 h

domingo, 3 de novembro de 2019

Cicloviagem Comboios - Reserva Indígena

Enfim, decidimos ir para Comboios. Essa viagem deveria ter sido feita no início de 2019, mas devido muitos contratempos não foi possível. Combinamos dia 01/11 de sair cedo, 04h, no sábado de finados 02/11/2019.
Liguei pro Papudo: "E aí velho, será que rola de capotar na sua casa hoje para poder sair cedinho amanhã? É que o ônibus que a atravessa a 3a ponte só tem horário às 06h da manhã...muito tarde..."

Tomei aquele suco de beterraba com cenoura e começo a esboçar reação de sair de casa, já com a bagagem montada na bike. Estava um pouco preocupada com a saúde de Renata. 




Bem. Sigo. Chego no Papudo. "Ôh velho. Abre aí pra mim". Papudo mora ali em Jd da Penha.

Tomamos uma, trocamos umas ideias. Tinha tempo que não conversávamos. Daqui a pouco chega Marina, e o papo só vai ficando mais legal. Janto e vou capotar lá pelas 00h30.

Acordo 03h00. Partiu. Hora de seguir e ver o que vai dar mais um Pedal dos Malucos. 5a Edição (ao todo foram: 3 santas, Ubu, Caparaó e Buenos Aires/ES).

Seguimos as 04h30 (papudo enrolando como sempre) rumo a Norte Sul encontrar o resto da galera. Quem tava indo: Pê neném (primo do perfil), Pediku, Catatau eu e Papudo.
Seguimos então o trajeto, cortando Manguinhos e Bicanga, seguindo para Nova Almeida. Chuva começa a cair, paramos em Nova Almeida pra tomar uma água e um toró desaba. Mas logo depois para e a gente continua até Santa Cruz. Nesse trecho um marimbondo pica o olho de Pediku, mas tudo corre bem.








Rio Piraquê- Açu em Santa Cruz

Partimos para Barra do Sahy, depois Barra do Riacho e posteriormente Vila do Riacho. Lá a gente para, toma uma cerveja e relaxa um pouco. 
Vi a placa: "Regência 30km", acho que estamos perto de chegar.
Pegamos uma estrada de terra que nos leva até a Reserva de Comboios.

A Reserva Biológica de Comboios está localizada nos municípios de Linhares e Aracruz, no estado de Espírito Santo na região sudeste do Brasil. O bioma predominante é o da Mata Atlântica.

Na reserva também está situada a base do Projeto Tamar no Espírito Santo realizando entre diversas ações, o monitoramento das praias e a manutenção do Centro Educacional de Comboios, com cerca de 20.000 visitas anuais.
Foi criada em 1984 para proteger a fauna e a flora, especialmente a desova das Tartarugas Gigante ou de Couro (Dermochelys coriacea) e Cabeçuda (Caretta caretta), possui 833ha. Abriga a Base Comboios do Projeto Tamar, que monitora 37km de praias, em que se encontram plantas características de restinga e animais ameaçados de extinção como a preguiça de coleira, o tamanduá-mirim e o ouriço-caixeiro. A base dispõe de sala de exposição e de vídeo, aquários e tanques de crescimento de tartarugas.

Chegamos lá. Para nossa surpresa estava cheio de carro no estacionamento: será dos índios? Sim, todos urbanizados. Internet la deve ser melhor que na sua casa. Entro mato adentro na trilha de areia até a beira do Rio, num local bom pra acampar. E lá estabelecemos o Acampamento. Hora do abrigo e de dividir as tarefas. um vai atras da madeira para fogueira, outro vai cortar alimentos. etc.
Foi sensacional o acampamento! Um dos mais incríveis que ja fiquei, rootzeira total.





Rio Comboios





Logo a noite veio e tivemos que acender logo a fogueira para espantar a mosquitada.
Jogamos Cartas (buraco) até umas horas, tomando aquele velho uisque Jack Daniels e jogando conversa fora. Depois fomos rangar: todo mundo estava faminto.
Os mosquitos torturavam, mesmo na presença de repelentes.

Pê neném não trouxe abrigo, ficou deitado no chão e tentou dormir. Dentre as palas do dia, uma das mais engraçadas foi a noite quando a mosquitada "desceu o bambu" nele dormindo no relento...kkkk o desespero foi grande que ele veio pedir abrigo. Na próxima ja saberá o que levar. rs

Acordamos cedo, tomamos aquele café balaaaa (omelete, pães..etc) e voltamos sentido Vitória num sol que parecia que ia derreter os pneus da bicicleta. Mas o bão é a história pra contar. Que viagem foda. Meu Deus, Obrigado por esses momentos.













Hasta luego!

domingo, 27 de outubro de 2019

Desafio Fazedor de Chuva - 5 Etapa

Hoje dia 26/10 sábado iniciamos mais uma etapa do desafio Valentes Fazedores de Chuva. Dessa vez o rolê é na região do Caparaó, um lugar abençoado por Deus. Dessa vez eu não poderia perder esta oportunidade de viajar com os amigos sobre duas rodas, num lugar que sempre curti e que sempre que posso faço questão de voltar. Vamos passar por alguns municípios que nunca estive antes, dentre eles Irupi, Ibitirama, Iúna, Brejetuba... Além de estradas que também nunca havia passado antes. Vou fazer um breve descritivo da viagem, estou meio com preguiça rss de escrever todos os detalhes únicos vividos nessa incrível viagem. 
Iniciamos o encontro no Posto Canaã em Viana, e partimos pela 262. O clima estava sol, apesar de termos olhado a previsão e indicar chuva mais pela tarde. Subimos a Serra e partimos logo para Brejetuba. Fizemos um desjejum num posto Ipiranga ali em Venda nova. Pão de queijo gigante e café, quer melhor?

Brejetuba, cidadezinha pacata bem rural. Cheio de curva na chegada, um ziguezague arrumado rs e quando pensa que está entrando na cidade, já está saindo ! RS Povo parece bem simples e acolhedor. Não deu pra trocar ideia, só observava os olhares de surpresa e curiosos, quando aquele monte de motocicleta chegou na cidade.. 


Saímos depois sentido a Muniz Freire. Sim, estamos na região do Caparaó! A descida pra lá é fantástica, uns paredões de pedra bonitos de se ver. Eu ouço "Tom Sawyer" do Rush que por acaso entra na lista de reprodução, coincidência ou não com aquele momento! 
Muniz Freire, região bem rural também, passamos procurando a prefeitura no centro e achamos.



Entre Muniz Freire e Iúna a gente pega uma estradinha de terra e, coincidência ou não do destino, vimos uma queda d'água a esquerdo onde foi impossível não parar para ver. Eu acho que é uma hidrelétrica, não consegui saber a respeito, depois vou até pesquisar. Tinha um portão amarelo na entrada, dava a entender isso. Talvez é coisa da minha cabeça. RS




Chegamos e Iúna. Na frente da prefeitura infelizmente temos um pequeno acidente com o amigo Rogério. Um cara vem "chutado no diabo", de Bros preta e bate na moto dele quando ele fazia o retorno. Câmbio marcha torto e retrovisor solto, graças a Deus não teve nenhum ferimento. Levantamos as motos e o cara da veia sai desembestado, sem placa e parecia estar sob efeito de drogas. Acredito que ficou com medo da gente bater nele. O que jamais iríamos fazer. Moto na concessionária honda, conserto garantido sem custos. E bora rodar que tá quente pra caralho. 



Seguimos para Irupi. Chegamos lá e estava tendo Campanha Outubro Rosa na frente da prefeitura. Acabamos virando a atração das crianças e da festa, com recepção do vice prefeito. Um Momento marcante da viagem.







A atração especial fica por conta de Patati Patatá, em seu corte novo Bozo Edro. Nem vou colocar a foto aqui para não assustar as crianças kkkk

Partimos pra Ibitirama, terra das cachoeiras. Já com sede, e muita fome. Já são mais de 12h. Tá aí um lugar que vale passar uns diazinhos pra conhecer as cachoeiras.

Seguimos para Divino São Lourenço, faltam apenas 2 cidades para concluir a missão do dia. 


O tempo começa a fechar. Chuva se aproximando. De divino São Lourenço a Dores do Rio Preto a gente embarca no GPS perdido do Flávio e pega estrada de terra com força. Rezando pra não chover, a gente segue, se perde algumas vezes. Começa a chuva e o desespero pra sair da estrada de terra aumenta, lama e pneu careca não combina muito rs Entre algumas estradas de cafezal e roça a gente chega em Dores de Rio Preto, azul de fome. O jeito é almoçar por lá.



Almoçamos num restaurante em Dores de Rio Preto, chamado Bom Gosto, atendimento maravilhoso. A dona super simpática.
Por fim partimos para Pedra Menina, achar a pousada Recanto Pedra Menina e relaxar e curtir o dia. Eram 14:00 quase já. 

O lugar é simplesmente maravilhoso. Vamos voltar com certeza. Obrigado pela recepção. Curtimos muito e vamos voltar em breve.




Uma chuvarada cai a noite, muito raio e chuva. A gente acaba curtindo um rock n roll e um churrasco. Até viola a gente arrumou. Foi uma noite de muita risada, besteirol, política, música, moto... Tudo que a gente não gosta.

No domingo dia 27/10 a gente parte cedo sentido Ibatiba. O dia estaca lindo demais, nem parece que choveu tanto ontem! 








Saio de Pedra Menina com a mente vazia, fluida e uma ótima sensação de bem estar. Resta curtir um Alice in chains e ir para Ibatiba: última cidade do planejamento. A estrada que pegamos saiu um pouco da rota planejada, passamos por patrimônio da Penha e pegamos para Ibitirama numa rota alternativa. Até Patrimônio eu conhecia, havia feito de bike anos atrás (tem aí no site). Contornamos o Caoarao, gerando a cadeia de montanhas. Um espetáculo para os olhos aguçados. 
Alguns lamaçais que incrementaram o passeio... Foi bacana demais. Enfim em Ibatiba.

Tava rolando Festival de Carros Antigos, em frente a prefeitura. Fomos chamados pra tomar um café e comparecer ao evento. 








Abastemos as motocicletas e seguimos rumo Grande Vitória. Depois de Venda Nova, peguei uma chuva boa que deu pra lavar a moto, a jaqueta e a calça. Estava precisando, estava tudo sujo de poeira!
Desço a Serra de Domingos Martins com a cabeça leve, ouvindo Jim Gomm. Inesquecível. Obrigado meu Deus por mais uma história marcada no Espírito Nômade.

Basta por hoje. Até daqui a pouco.