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quarta-feira, 20 de março de 2019

Primeira Etapa - Valentes Fazedores de Chuva

Partimos para mais o desafio as 05h do dia 16 de março de 2019, um domingo com clima ameno, hora nublado hora muito sol. O destino era fazer a rota do SUL do ES, 1ª etapa do projeto "Valente Fazedor de Chuva". Mais informações no Post desse blog do dia 16/03 (http://calungao.blogspot.com/2019/03/fazedores-de-chuva-geral-na-anastacya.html)

Resolvi incrementar o roteiro do blog com informações históricas dos municípios, retirados de textos da internet. E claro de experiências próprias que viagens proporcionaram ou leituras de livros.



Eu e Renata acordamos bem cedo para tomar o café, que faz parte de um ritual sagrado antigo. Saímos de casa rumo a prefeitura de Vila Velha. A galera já estava lá nos aguardando. 


Vila Velha é um município brasileiro localizado no litoral do estado do Espírito Santo, na Região Sudeste do país. Pertence à Região Metropolitana de Vitória e ocupa uma área de 209,965 km², sendo que 54,57 km² estão em perímetro urbano, e a população em 2018 foi estimada pelo IBGE em 486 208 habitantes, o que faz do município o segundo mais populoso do Espírito Santo, atrás apenas da Serra.

O município foi fundado em 23 de maio de 1535 pelo português Vasco Fernandes Coutinho, donatário da Capitania do Espírito Santo, e foi sede desta até 1549, quando a capital foi transferida para Vitória. Figura-se então como a cidade mais antiga do estado, possuindo várias construções históricas, como a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, o Forte de São Francisco Xavier de Piratininga, o Farol de Santa Luzia e o Convento da Penha, sendo este último um dos principais pontos turísticos do Espírito Santo, construído entre os séculos XVI e XVII e tombado como patrimônio histórico cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1943.
Eu, Nata e Anastacya

Prefeitura de Vila Velha

Arcanjos
Partimos rumo a Guarapari pela rodovia sol num magnífico nascer de sol entre nuvens e frescor da manhã. Chegamos logo em Guarapari e tivemos dificuldade de achar a prefeitura pois não havia placa! 
Prefeitura de Guarapari/ES

O GPS indicava outro ponto que também era prefeitura. Seguimos pra lá e não encontramos nada, só uma Croca danada.. rapidinho saímos fora e seguimos pra próxima cidade : Anchieta. 


A cidade de Anchieta tem sua origem ligada à aldeia jesuítica de Iriritiba, também chamada Reritiba, termo de origem tupi que significa "muitas ostras", "ajuntamento de ostras", pela junção dos termos reri (ostra) e tyba (ajuntamento). A aldeia foi fundada pelo padre José de Anchieta em 1561, como local de catequese dos índios. 


A cidade de Anchieta está localizada no sul do Espírito Santo a cerca de 80 quilômetros da capital Vitória. Com uma área territorial de aproximadamente 420 km², o município faz divisa com Guarapari, Alfredo Chaves, Piúma e Iconha.

Localiza-se a uma latitude 20º48'21" sul e a uma longitude 40º38'44" oeste, estando a uma altitude de dois metros. Sua população estimada em 2010 é de 23.894 habitantes. Anchieta é dividida administrativamente em três distritos: Alto Pongal, Anchieta, Jabaquara.

A economia de Anchieta baseia-se no turismo e na pelotização do minério de ferro. A pelotização do minério de ferro se dá através da Samarco Mineração, que traz o minério na região de Mariana (MG) por meio de um mineroduto para ser pelotizado nas suas duas usinas de pelotização em Ubú Hoje a empresa está com as atividades suspensas (rompimento da barragem de Mariana-MG) e isso trouxe um forte impacto econômico negativo para a região.

Prefeitura de Anchieta
Era 07h e já era hora de parar pra tomar um café mais reforçado afinal, saímos de casa na correria danada sem comer direito. 
Na Padoca
Seguimos então para Piúma. Prefeitura muito feia , parecia uma lotérica.
Piúma /ES
Partimos pela orla sentido Itapemirim. Aproveitamos para, após Itaoca, passe na lagoa Guanandy (perto da Reserva da Marinha). A Lagoa Guanandy, ou Lagoa das Sete Pontas, também conhecida como lagoa do Gomes, por encontrar-se na localidade de Gomes, faz parte da APA Guanandy - Área de Proteção criada em 1994, considerada prioritária para conservação por servir de base para estudos biológicos e compor a maior parte do Corredor Ecológico do Guanandy.

A área apresenta importantes remanescentes de restinga, em especial, da mata seca. Com área de 5.242 ha, a APA abriga também o Monte Aghá, pois abrange parte dos municípios de Marataízes, Itapemirim e Piúma. “Guannandy” é uma planta nativa abundante em determinado trecho próximo ao mar, dela os índios extraiam um suco de cor vermelha.

Apesar de apresentar coloração da água naturalmente amarelo escuro, a lagoa é hoje um reservatório natural e serve de abastecimento para os distritos de Itaoca e Itaipava. Margeando a lagoa existe um canal que liga o rio Novo ao rio Itapemirim, que é o Canal do Pinto ou Córrego Comporta, que garante o abastecimento de água durante o verão.
Lagoa Guanandy
Enfim atravessamos a ponte pra Marataízes e seguimos pra Itapemirim ES.
O município de Itapemirim, antes da criação do município de Cachoeiro de Itapemirim, abrangia todo o sul do estado do Espírito Santo até a fronteira com Minas Gerais. O município ocupa a região do baixo rio Itapemirim, que com seu afluente, o rio Muqui do Norte, tem importância decisiva na vida sócio econômica da região.
Toda vida econômica baseava-se na cultura da cana-de-açúcar e na produção de açúcar e aguardente.

O progresso regional estava intimamente ligado a produção de cana-de-açúcar e aguardente. Este trabalho agrícola exigia mão-de-obra escrava que nem sempre era pacíficas ordens e os tratos recebidos.

Uma estatística de 1851 mostra o poderio econômico de Itapemirim. Nesta fase máxima, em seu território, produzia-se mais da metade de todo o açúcar de aguardente do Espírito Santo. Havia 22 engenhos com 1.348 escravos produzindo 78.700 arrobas de açúcar, 12 estabelecimentos produzindo 622 pipas de aguardente, além de 13 grandes fazendas, com 415 escravos rendendo 18.600 arrobas de café

No governo de Muniz Freire (1892 a 1896) foi feito um contrato para estabelecer um engenho central em Itapemirim, entretanto somente no Governo Jerônimo Monteiro (1908 a 1912) houve a efetivação de medida, com a criação da Usina Paineiras, destinada a modernizar e ampliar a produção de açúcar, substituindo os velhos e antieconômicos engenhos. No início do século, com o desmatamento do vale, o Rio Itapemirim começou a apresentar sérias dificuldades para a navegação devido ao assoreamento de seu leito. Também, nesse período, iniciou-se a construção da Estrada de Ferro Itapemirim, que ligava o Porto da Barra do Itapemirim até a Usina Paineiras e, posteriormente (1920), de Paineiras até Cachoeiro.

Com a ligação ferroviária de Cachoeiro de Itapemirim ao Rio de Janeiro (1903) a Vitória (1910) e o assoreamento da foz do rio, o porto da Barra de Itapemirim, que era o principal e único fator de riqueza no município foi desativado. Itapemirim também servia de entreposto da Colônia do Rio Novo e a ela era ligado por um canal artificial, denominado Canal do Pinto, construído pelo engenheiro Pinto. Este canal perdeu sua função a partir da construção da Estrada de Ferro do Litoral, em 1928, que ligava Rio Novo do Sul a Paineiras, e da Estrada de Ferro Itapemirim. Entretanto, com a abertura rodoviária ligando Cachoeiro ao Rio de Janeiro e à Vitória, via Rio Novo, a Estrada de Ferro do litoral perdeu sua razão de ser e foi extinta. Consequentemente, o Município de Itapemirim ficou isolado do desenvolvimento até que muito recente, com as aberturas de vias de comunicação (estradas), houve sua reintegração ao progresso regional.



Itapemirim/ES
Itapemirim/ES
Partimos para a prefeitura de Marataízes, no bairro cidade nova.
Marataízes é um município localizado no litoral sul do estado do Espírito Santo, no Brasil. Faz divisa com Itapemirim, Presidente Kennedy e é banhado pelo Oceano Atlântico. Em 1996, Marataízes se emancipou, se tornando um município independente.

A geografia de Marataízes se caracteriza por florestas tropicais costeiras próximas ao mar. O município é banhado pelo Oceano Atlântico tendo também porções de lagoas de água doce.

Na economia local se destacam a agricultura da plantação de abacaxi, a pesca oceânica e o turismo, que, no verão, recebe um grande número de turistas, muitos deles vindos do sul do Espírito Santo, além de estados vizinhos, principalmente Minas Gerais e Rio de Janeiro.

No final de 2001, o mar invadiu a faixa de areia da praia central, se chocando diretamente com a Avenida Atlântica, destruindo até partes do calçadão de concreto. No entanto, no ano de 2008, o Governo Estadual iniciou uma grande e ousada obra para a recuperação da praia central de Marataízes. A recuperação da praia central de Marataízes compreende duas etapas, consistindo em recompor o trecho afetado por erosões com estruturas de enrocamento (5 no total) e o engordamento da faixa de areia e reurbanização completa para devolver a balneabilidade. Porém, com a obra, acabou as ondas que a gente adorava surfar quando criança!!!! Nada é de graça.

Praia do Siri - Muito movimentada, com estrutura de restaurantes, quiosques e barracas. Localiza-se junto à Lagoa do Siri.
Praia do Centro - Praia de águas calmas e areia fofa, localizada exatamente no Centro de Marataízes.
Além das praias citadas, Marataízes ainda tem como opção os seguintes lugares, que totalizam mais de 25 km de praias: Praia Bacia das Turcas, Praia da Colônia, Praia da Areia Preta, Praia da Barra, Praia dos Cações, Praia da Cidade Nova, Praia da Cruz, Praia da Lagoa D'antas, Praia da Lagoa Funda, Praia das Arraias e Praia do Pontal.

Marataízes destaca-se no sul do estado do Espírito Santo por ser uma cidade conhecida por suas praias e belezas naturais, sendo conhecida como a Pérola Capixaba, recebendo em especial no período de verão inúmeros turistas de diversas localidades, o turismo é fator de extrema importância para o município assim como a agricultura. Após o projeto de recuperação da praia central, a cidade ganhou três piers sendo um deles, um dos pontos turísticos da cidade, pela sua beleza e vista da orla de dia ou a noite, o pier da praia central tornou-se cartão postal da cidade.
Outro ponto turístico da cidade é a Lagoa do Siri, rodeada de quiosques e palco de diversos eventos musicais e esportivos no verão, tem em suas proximidades alguns campings, destacando-se o Camping do Siri, um dos maiores campings do Brasil, com uma estrutura moderna conta além do próprio local para barracas e acampamento, com chalés, e serviço de hotelaria, além de restaurante, bar e atividades de recreação para crianças e adultos, shows, e extensa área verde além de saída para a praia, tendo uma infraestrutura de uma pequena cidade dentro da cidade
Marataízes/ES
Aproveitamos a ida em Marataízes para tomar um suco de abacaxi na casa dos meus pais e comer um cachorro quente do Poder.
Casa dos meus ídolos
Galera reunida
Mamã

Seguimos sentido Presidente Kennedy com o bucho cheio de cachorro quente e suco de abacaxi. Deu até sono na ida. Hahahah


Presidente Kennedy/ES

Presidente Kennedy é um município brasileiro do estado do Espírito Santo. Localiza-se no extremo sul do estado. Presidente Kennedy é uma das cidades menos populosas do Espírito Santo, porém com o maior PIB per capita do país (R$ 815.093,79), em grande parte devido a explorações em alto mar da chamada camada pré-sal no Oceano Atlântico pela Petrobras e outras empresas do ramo. Todavia, continua sendo um município com muita pobreza e desigualdade.

O município se chamaria Batalha, mas com o assassinato do presidente norte-americano John F. Kennedy, fato que abalou o mundo, o deputado estadual Adalberto Simão Nader tomou a iniciativa de sugerir que se homenageasse o político que criou a Aliança para o Progresso, programa de ajuda aos países do 3º Mundo.



Falésias de Marataízes - a caminho de Presidente Kennedy

A Praia de Marobá fica também a 6 quilômetros do Estado do Rio de Janeiro e recebe cerca de dez mil pessoas por final de semana.

Pontos turísticos

Igreja das Neves: construída pelos padres jesuítas no século XVII com ajuda dos escravos e índios catequizados. É um marco do nascimento da cidade.
Mangue: é uma das maiores áreas do país. São 300 hectares cercados de Mata Atlântica e restinga. Destaque para as capivaras, macacos, jacarés.
Trilhas para cavalgadas: o cavalo faz parte da rotina da cidade, é uma paixão local. No trajeto, tanto pelo interior como o litoral encontram-se belos cenários: rios, lagoas, praias e fazendas.
Morro da Serrinha: é possível praticar trekking no local. São 40 minutos de caminhada para alcançar o cume, de onde se avista o Oceano Atlântico, a Pedra do Itabira, o Frade e a Freira, o Monte Aghá e até a Pedra Azul.
Farinheiras: a tradição artesanal de fazer farinha caseira continua em algumas comunidades do município. Tudo começou com os índios e a ajuda do beato Anchieta, que construiu na região a primeira Casa de Farinha.
Mata de restinga: são 9 km entre as praias de Marobá e das neves. A vegetação densa abriga cactos e árvores de até 5 metros de altura.
Praia das Neves: mar calmo e areias claras, próprio para crianças. Possui quiosques de sapê que dão um charme especial ao local.



Já era meio dia, num calor de matar e decidimos seguir retornando para Rio Novo do Sul. E lá chegamos.

Rio Novo do Sul
Fundação
23 de novembro de 1893
sulrionovense
O poder unido é mais forte


Rio Novo do Sul ES
Decdiimos partir para dar tempo de chegar antes de 14h em Buenos Aires ES e comer uma Tilápia. Seguimos num calor escaldante. 
Riders on the Storm

Ao chegar próximo a Iconha o tempo foi fechando e caindo pequenas gotículas de chuva... Pensei "Ahh, chuvinha leve..que beleza...nesse calor!"
Logo depois caiu literalmente uma tempestade que fez quase a gente parar na BR 101 pra esperar passar. Como não colocamos a capa de chuva na hora certa, ficamos eu, Renata e o pessoal literalmente "ensopados". Achei que perderia meu celular que estava no bolso fora de saco estanque.
Nada mais justo: projeto se chama Fazedores de Chuva, tinha que fazer jus ao nome!
Ao chegar na entrada de Buenos Aires a chuva já havia parado. Subimos até a Tilápia, mas estava muito cheio e resolvemos seguir viagem e almoçar em Vianna/ES

E assim termina nossa aventura. Breve tem mais. Sempre mais fortes que nunca.

sábado, 16 de março de 2019

Fazedores de Chuva - Geral na Anastacya 16/03

Chegou a hora. Amanhã iniciaremos o novo Projeto chamado "Fazedores de Chuva", onde a ideia é rodar todos os municípios do Espírito Santo de moto. São 80 municípios no Estado, portanto, o trabalho será árduo porém gratificante!
As marcações serão feitas em cada prefeitura.  O objetivo é, além de ganhar o certificado de Valente Fazedor de Chuva , conhecer a cultura do Estado e as peculiaridades de cada lugar nesse estado tão belo e rico.
Primeira rota
Aproveitei o sábado pra dar uma geral na Ténéré, e ver o que precisa ser feito. Percebi que depois que mudei para vila velha, a moto está com um nível bem maior de ferrugem, nos seus 37.000 km.
Vim aqui na Pilotar Motos, na Serra, como de praxe (oficina do Buchecha).
Trocar óleo, regular válvula, limpar filtro de ar, apertar corrente e só.
Breve vamos por aros de alumínio e raios de inox visando conter mais a oxidação. E, mais a frente, pintura eletrostática completa.


Relato Fazedores de Chuva:
Galera, iremos começar esse ano fazendo o desafio dos fazedores de Chuva percorrendo todas as prefeituras do ES. Quem animar já vamos mandando a data das primeiras etapas e rotas definidas. 

Para certificar é preciso fazer o cadastro no blog e aguardar o início da primeira viagem e postar no fórum a foto do piloto com moto em cada prefeitura
Regras:
*Valente Fazedor de Chuva*
Aqui seguem as regras para que um motociclista faça jus ao Certificado de Valente Fazedor de Chuva:
Você pode escolher entre o seu estado natal, aquele onde está vivendo ou ainda, à sua vontade, um estado dentro da Federação e percorrer todos os municípios que o compõe, segundo informações oficiais do IBGE ou estadual, que será confirmado pela organização.
É preciso abrir um post no site dos FC, enquanto na fase de projeto e preparação da viagem, dentro do link O Sonho e quando estiver pronto para começar a contar a história, será aberto ou transferido para dentro do link A Coragem (Alma Inquieta). 
Toda a equipe dos Fazedores de Chuva está de prontidão para dar toda a assessoria e assistência necessária para quem tiver um pouco mais de dificuldade em interagir com o site.
Não tem um período mínimo para ser concluída, porque sabemos das dificuldades que serão encontradas para o cumprimento de um projeto com esta ambição, como por exemplo, as pessoais, que nos aprisionam mais do que gostaríamos, mas que somos por força das circunstâncias obrigados a respeitar.
Uma vez que a moto esteja na estrada, na frente de cada Prefeitura, é preciso uma foto (MOSTRANDO S E M P R E O PILOTO E A MOTO), comprovando desta maneira a sua entrada dentro da cidade, cumprindo assim com a exigência estabelecida.
Deve ser enviado, especialmente via site, dentro do seu post, o mapa da viagem, Google Maps, para que possamos fazer o devido acompanhamento, aferição e divulgação.
Uma vez concluída esta maratona, será enviado ao Valente Fazedor de Chuva, um pacote contendo, um certificado, uma camiseta, um escudo em metal, exclusivo para quem fez o desafio, um bordado e um adesivo, todos alusivos ao feito que acabou de concluir. Caso seja necessário mais itens, estarão à disposição dentro da loja dos Fazedores de Chuva, ou poderão ser solicitados quando da conclusão do desafio.

O preço para o envio do pacote básico, incluindo as despesas postais é de R$150,00, que deverá ser depositado em conta a ser fornecida. 

Lembramos o slogan dos Fazedores de Chuva: 

"Qualquer um pode fazer, porém, poucos o fazem..."

Ser um Fazedor de Chuva é fazer parte dos poucos que ousam dar um passo à frente, decisão esta que tem a capacidade de mudar para melhor as suas vidas e as suas relações.

Finalizamos dizendo que após um desafio dessa grandeza, nunca mais seremos os mesmos. 

Seremos bem melhores!


A velha Geral

quinta-feira, 7 de março de 2019

ESTRADA REAL - CAMINHO VELHO

VIAGEM PELA ESTRADA REAL – CAMINHO VELHO

Ainda estou “anestesiado” quanto a viagem pela Estrada real velha, que fiz junto de amigos, no último feriado de proclamação da república (novembro de 2018). Foi uma viagem sensacional que merece uma descrição.


Saímos de Vitória-ES rumo a Ouro Preto-MG no dia 14/11/2018, as 07:40 da manhã. A moto (Anastacia) portava os vários utensílios: levei um saco de dormir e isolante, além da barraca para caso de camping; levei também ferramentas, spray reparo, 2 câmeras de ar; levei 2 camisas, 1 bermuda, 2 calças (que até hoje não sei pra que levei), uma blusa de frio além da jaqueta de motociclista; levei coisas pro banho (kit limpeza) e levei fogo e pederneira para imprevistos, cordas paracord, fita isolante; levei carregadores para celulares, em sacos estanque de sacola plástica do extrabom. Coloquei tudo dentro do top case e de um saco estanque de 30L, que havia comprado na Decatlhon por R$ 149,00. Ótimo investimento.

O tempo estava chuvoso, havia chovido a semana inteira. Eu estava preocupado se iria pegar chuva na viagem pois iriamos passar em muita estrada de chão de condição muito ruim. Realmente isso me incomodou dias antes de sair (não sei porque motivo, medo de que..?). Graças ao bom Deus não estava chovendo ao sair de casa. Saímos eu e mais 3 Riders (Flávio, Alexandre e Alessandro) debaixo do tempo nublado, sol com nuvens. Tempo gostoso de pilotar. Fomos numa tocada boa até Manhuaçú, viagem bem tranquila. Chegamos em Ouro Preto por volta das 15h. Fomos para a república Pif-Paf guardar as coisas, para depois procurarmos algo para comer (não almoçamos no caminho para adiantar a viagem).



Em Ouro Preto, fomos comer numa lanchonete pois não havia mais restaurante aberto aquele horário. Comemos umas empadas gostosas na esquina ao lado da Mercearia du Ferrugem. Depois partimos pra Praça Tiradentes, para pegar os passaportes da Estrada Real. Após isso, passamos no CAEM e degustamos a cerveja Ouropretana que estava sendo vendida ali. Bebemos na rua mesmo, na calçada, junto da companhia de cães de rua. Passamos também na feirinha de pedra sabão para comprar lembranças.

A galera da república providenciou o golo (cerveja mais tira gosto), após racha. Ficamos conversando até umas 00h00, foi bom recordar velhas histórias.


No dia 15/11, quinta feira, saímos as 08h00, paramos para tirar fotos e tomar um café na padaria ali na rua São José. Café com Leite do bom.
Fomos sentido ao trevo de São Bartolomeu e pegamos a estrada real, estrada de terra logo no início. O caminho até São Bartolomeu foi bem sossegado. Paisagens bonitas, bosques e aquele cheiro de mato bom de sentir. São Bartolomeu é um lugar pacato, paramos para carimbar o passaporte e tomar uma água.

Após São Bartolomeu, a estrada dificultou um pouco. Nos perdemos duas vezes, entrando em fazendas erradas e num parque que não fazia parte da rota. Perdemos muito tempo.

Após acertar o caminho, pegamos uma estrada de terra de barro vermelho, onde estava muito escorregadia. Após alguns tombos, foi complicado  levantar as motos nas valetas mas conseguimos. Após esse momento de canseira, perdemos novamente a trilha lateral para Glaura. Resolvemos passar direto e ir para cachoeira do Campo e Santo Antonio do Leite, para não perder muito tempo.


Almoçamos em Santo Antônio do Leite, um PF maravilhoso e farto. Almoçamos por volta de 13h. Continuamos na estrada de terra até Eng Correa e descemos a MG-030 passando por Miguel Burnier até Lobo Leite. Nesse caminho passamos por várias Minas de minério de ferro da Gerdau, muitos caminhões com minério na pista de terra. Muita poeira mas o visual era muito bonito! O clima estava fresco, tinha acabado de chover um dia antes e muitas nuvens no céu. Isso ajudou muito no percurso. Fomos até Congonhas carimbar os passaportes.


Congonhas é uma cidade com muitas igrejas. Fomos na principal carimbar, lá em cima do morro no centro. Ruas de pedras e muita cultura da época de exploração do ouro, tudo isso no ar do lugar.
De congonhas descemos por São Brás do Suaçuí. Entramos num trecho de atoleiro danado aí...resolvemos ir pelo asfalto. As nuvens estavam escuras no céu e uma coisa era certa: ia chover muito. Seguimos em frente. Nossa previsão era dormir em lagoa Dourada, mas o tempo fechou tanto e começou a chover muito. Ficamos em Entre Rios de Minas, numa pousada chamada POUSADA DAS PEDRAS. Lugar tranquilo, bem sossegado, e barato. 

                                                        
Logo que chegamos, colocamos as motos na garagem e saímos pra comer num bar perto. Estava com um clima gostoso, aquele clima frio de minas e uma chuva leve. A chuva me preocupava em relação ao 2º dia de viagem (próximo dia), pois teríamos que andar muitos Km, e muitos em estrada de terra. Minha preocupação consistia que só eu teria que voltar para trabalhar, os outros Riders estavam de férias.


As estradas eram mais asfalto que estrada de terra. Digo uma coisa para vocês: estrada de terra cansa e não rende. Não tem jeito. Mas é bom demais! Hahahahahahaha


No segundo dia de viagem, acordamos cedo e resolvemos ir direto para Lagoa Dourada. Não passamos por casa Grande, pois era estrada de terra muito ruim, e tinha chovido muito durante a noite. Muita lama, e nosso tempo era curto. Infelizmente. Uma das coisas dessa viagem que tiramos para a vida é que temos que voltar com tempo para aproveitar mais os lugares.






Chegamos em lagoa Dourada e fomos carimbar o passaporte na pousada da Dona Aidê. Lembro que estive nessa pousada na época que ainda tinha uma Bros, em 2006. Muito bacana a lembrança desse lugar, muitas histórias guardadas na memoria. Um dia paro pra escrever sobre isto.


Lagoa Dourada - MG


Seguimos para Prados, formosa ...  Fomos bem recebidos, pelo anfitrião André, motociclista também, na Pousada Vila Olga (http://www.vilaolga.com.br/). Com direito a pão de queijo mineiro e Café. Lugar bacana para passar vários dias e merece destaque!



Seguimos pela estrada de Terra até um lugar chamado Bichinhos, fantástico vilarejo. Tem uma casa lá que foi construída fora dos padrões normais: ela é torta! Compramos alguns souvenirs lá e seguimos para Tiradentes. 


Ficamos lá na praça um pouco e seguimos para São João Del Rei e depois Carrancas.
Carrancas é um lugar paradisíaco. Almoçamos lá e fizemos tomadas de vídeo com o Drone do Alessandro, no Mirante.

Mirante de Carrancas é fantástico.

Mirante de Carrancas


O sol estava escaldante. Resolvemos seguir sentido a São Thomé das letras. Chegamos no final da tarde. Pegamos estrada de terra entre Luminárias e São Thomé.

















Pôr do Sol em São Thomé das  Letras
Rodoviária de maluco é Posto de Gasolina

No 3º dia seguimos sentido Crusilha, estrada de terra boa de andar. Passamos por Baependi e Caxambú. Dizem que Caxambú tem muitas cachoeiras incríveis, porém o tempo era curto. Passamos pelo Parque Nacional Serra do Papagaio, uma serra linda após Caxambú, altas curvas bacanas e visual maravilhoso!

Passamos por São Lourenço, Pouso Alto, Itamonte, Itanhandú e Passa Quatro. Tomamos um café em Passa quatro e encontramos um amigo motociclista (Giovani Buzzi) fazendo o Caminho Novo.Passamos pelo Parque Nacional do Itatiaia, outro lugar pra visitar com calma.

Chegamos no estado de SP, passamos por Cruzeiro, Guaratinguetá e seguimos pra Cunha.

Cunha é um lugar bacana, histórico, e fica lá no alto da Serra. Almoçamos lá num self service, antes de pegar a estrada que corta a Serra da Bocaina e a Serra do Mar. O lugar mais foda que eu pilotei em toda minha vida (até o momento).


Serra da Bocaina , neblina logo que entramos nela


Essa estrada que corta o PN Serra da Bocaina (lado RJ) e a PE Serra do Mar (lado SP), que liga Cunha a Paraty é espetacular. Primeiro, tem curvas deliciosas de se fazer. Sensação única.
Tem vários atrativos na região, um lugar que merece ao menos 3 dias pena que foi tão rápido e passamos somente uma tarde a caminho de Paraty.

O lugar tem muitas cachoeiras ao redor da Serra, paramos em algumas (uma no topo da serra e outra na base) pra um bom banho, naquele calor que estava.
Cachoeira fodarastica na Serra

Conforme você vai descendo a serra, você vai encontrando várias calotas do carros que passam por ali. Quando chegamos em Paraty, a moça da agência que fornece o certificado que nos falou o motivo: o freio esquenta tanto na descida de carro que a calota solta. Que louco!!!
Descemos vazado, com muita neblina e muita emoção.





Chegamos em Paraty e não tinha lugar para ficar (hostels). O jeito foi fazer o que a gente faz de melhor: acampar. Camping foda, com direito a histórias dos Trapalhões, Do véi do Alzheimer, formiga quente pra caralho no local da barraca, etc etc hahaha.


No 4º dia seguimos rumo a Angra dos Reis, beirando toda Serra da Bocaina


O objetivo era contornar o RJ e chegar a Teresópolis. O caminho esse dia foi muito tranquilo, passamos dentro de túneis, passamos em serras (incluindo a Serra dos Órgãos).
Serra Nacional dos Órgãos - Teresópolis / Petrópolis RJ




Carimbos de algumas cidades


Mais carimbos!



Site do amigo Giovani Buzzi, motociclista que esta lançando um livro

Links: https://voudemoto.blog/