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quarta-feira, 10 de julho de 2019

TRIP PARA O SUL DO BRASIL - TENERE 250cc

TRIP PARA SUL DO BRASIL - TENERE 250 cc "Anastacya"

Durante o período de 24/06 a 08/07 estou em recesso do trabalho. Durante essa data, havia programado uma viagem para o Sul do Brasil, um lugar até então desconhecido para mim.

Bem, chega a esperada data. Eu tinha dado uma geral na Anastacya (minha tenere 250cc), tinha mexido na bateria, etc. Estava pronta para partir.
Bem, iria folgar no trabalho no dia 19/06 e aproveitar o feriado de 20 e 21 de junho, visando já "esticar" viagem até Porto Alegre.

No dia 18/06 as coisas não vão muito bem no trabalho. Sugeriram criar escala de acompanhamento "extra". Meu nome foi retirado da lista (pois seria durante o feriado e eu no meu plano estaria viajando). No dia 18/06 sinto meu corpo pesado, estou desanimado e bate uma forte vontade de desistir do meu projeto. Estou ainda preocupado com meu serviço. Começo a montar a moto as 20 h da noite, ainda com aquele peso e desânimo. Mas algo dentro de mim me diz para sair. Algo que sempre faz isso, quando estou numa situação ruim. O espírito acorda e chama. Iria sair no dia 19/06, uma quarta feira, bem cedinho - para a viagem render -  mas mudo de ideia. Acabo desistindo de sair cedo. Aproveito o ensejo para mudar os planos e ir mais tranquilo e mais tarde.

Saio no dia 19/06 quarta feira as 11h rumo a cabo frio, junto com um casal de amigos Arcanjos (Alexandre e Inaya).


Pousada do Bispo e o papagaio festivo - Cabo Frio
O clima ainda é de apreensão. Eu e Renata rezamos antes de eu sair. Estou ainda inseguro... daquela distancia toda... aquela preguiça... e com a cabeça ainda no trabalho. Medo, Apreensão. Sentimentos a serem evitados. Um pouco de medo durante a viagem, que logo foi passando quando cruzo o primeiro pedágio da BR 101. Seguimos em direção a Rio das Ostras, depois de 450 km chegamos em Cabo frio.


Cabo frio é uma cidade bem grande. Chegamos a noite e fomos tomar uma cerveja, era a melhor forma de relaxar um pouco. No outro dia partiria cedo para aonde desse pra chegar. Meu plano era Ubatuba-SP. A conversa a noite é maravilhosa, porém eu acabo falando muito do trabalho. Ainda estava impregnado de muita sujeira na minha alma... 
Sou muito dedicado ao meu trampo. Isso as vezes me prejudica, pelo fato de não me desligar. Era o caso.


RJ, estrada depois de Mendes, indo para Paraty
No dia seguinte a viagem é cansativa. Ainda piloto pensando no destino, e não no presente. Nunca faça isso! Acho que é meu corpo carregado de preocupação. Ia contornar o Rio de Janeiro, passando pelas cachoeiras de Macacu, Nova Petrópolis, Serra Teresópolis  - Petrópolis, Três rios, Paraty e por fim Ubatuba. Quando chego na Serra de Teresópolis já estou excitado e curtindo o movimento das curvas gostosas daquele lugar: que lugar foda! Havia passado nessa serra na viagem que fizemos pela estrada Real (na volta). O clima está quente, mas confortável. Aquele inicio de inverno bem tímido. Bem, nem preciso dizer as belas paisagens ao passar pelos túneis depois de três rios, depois vou até Mendes, e por fim contorno a estrada indo até Paraty. 


O transito está intenso devido ao feriado prolongado. Volto a pensar só na chegada, e não no presente. Estou ainda preocupado. 


Já é fim da tarde. Começa uma chuvinha leve, acho que é brincadeira de São Pedro. Mas não. No caminho pelo litoral até Ubatuba, sou surpreendido por uma chuva forte, que me molha bastante. Resolvo parar em um posto, já é noite. Boto ou não a capa de chuva? "Não, muito demorado, a chuva parou. Vamos seguir". 



Me fodi. Pego muita chuva e resolvo parar novamente, dessa vez num restaurante beira de estrada. resolvi jantar e reservar pousada em Ubatuba. Além de aguardar a chuva passar um pouco... falta só 70 km. 
"Ubachuva"-SP - Bota molhada e pau na máquina

Chove o mundo. Continuo até Ubatuba, num breu danado e muita chuva no lombo. Acho logo a pousada graças ao GPS (o comunicador me ajudou durante toda viagem a achar os locais dentro das cidades). Chego ensopado lá, botina toda molhada. Não tenho outro par de sapatos, nem chinelo. Calço a boa molhada mesmo para conhecer a pousada. O nome da pousada era Hotel Pousada Rio Mar.



Resolvo descansar para partir cedo. Pessoal do hotel é muito gente boa.











No dia 21/06 sexta feira acordo cedo e coloco óleo na corrente, já me preparando para sair.
Partir de manhã com chuva é chato viu... da preguiça rs
Tomo aquele café reforçado na pousada, com direito ao melhor omelete que comi em minha vida (com queijo). Realmente sensacional. Chovia aquela chuvinha fina, dava até preguiça. Coloco os apetrechos todos para chuva e saio. 



Sair debaixo de chuva é foda. Passo pela orla de Ubatuba para conhecer, mesmo na chuva. O litoral de São paulo é fantástico, realmente muito bonito. Contornando ali a Serra do Mar, passo em Caraguatatuba, Praia de Maresias. Pensa num lugar que da vontade de ter uma pousada? Que lugar massa. As ondas são grandes, e muita gente surfa por ali. Agora entendo porque Medina é bom de surf. 



Não quero tirar fotos do trajeto, estava numa preguiça danada de ficar gravando... é muito foda pilotar ali com aquele visual. Não queria perder nada. Litoral de SP é muito legal de passar mais dias, tipo umas férias curta. 

Vou até Santos, continuo pelo litoral passando por Bertioga, Registro. 
Enfim no SUL desse Brasil "grande pra carai..."
Paro numa lanchonete 24h já na BR 116, faço contato com 2 cariocas, que me dão  adesivos do motoclube deles. Estão de carro e dizem que o sonho delas é fazer uma viagem assim de moto. Eu digo: "Não perca tempo".

Ao entrar no sul (após São Paulo) as estradas se abrem em 3 a 4 pistas e a viagem rende um bocado. Pedágios baratos, de R$ 1,35 reais. Uma maravilha. Não pego chuva após Bertioga, logo ali depois de Santos. 

É a chance da bota secar com o sol que faz. Mas eu estava usando polainas, que não deixavam a bota secar... Resultado: abafou demais e eu fico num chulé desgraçado. Preciso lavar roupas em breve. A bota foi secar mesmo no outro dia.

Pego uma neblina ferrada nessa serra até Curitiba. Reservo pousada em Joinville-PR, local que decido passar a noite. Lugar massa também de voltar!

Chego no hotel... e já vou secando a bota com secador de cabelo, já que não secou na viagem. Saio pra comer em um bar chamado DEVASSA e, lógico, peço uma Devassa para relaxar. Volto para o hotel e deito. Penso: Agora são 680 km até Porto Alegre.

Acordo cedo naquele sábado dia 22/06. Tomo um café muito bom na pousada. Leio em um quadro na área do café da manhã:
Placa de café da manhã - "Pessoas mais felizes não tem o melhor de tudo - elas apenas fazem o melhor com tudo o que tem" 

Começo a montar as coisas. Saio sentido BR 101 SUL. Que estradas maravilhosas! Começo a gravar alguns vídeos. Não estou muito preocupado em registrar nada, quero mesmo é curtir aquela viagem... momento. Enfim, NO PRESENTE estou! Passo por Balneário Camburiú, Florianópolis, e várias outras belas cidades. Minha preocupação passa no 4º dia de expedição. Realmente andar de moto me alivia cada dia mais. Estou leve. Alma leve. Não sabia sequer o que iria comer e onde dormir, e isto faz toda a diferença em uma viagem dessa. Faz você se conectar com o Criador.


O povo do Sul é extremamente educado. Eu pareço estar em outro mundo. Paro nos pedágios e, delicadamente, peço para as moças tirarem as moedas da minha luva (pois é horrível fazer isso de luva). Elas dão risada, algumas olhavam de forma estranha, tipo "que cara estranho nessa moto preta" haha. Muito divertido. 

O Calor está bom. Não parece inverno. Temperatura de 20 graus para cima. Nem precisa colocar o forro da Jaqueta e da calça de cordura. 
Passo por Santa Catarina e percebo que a gasolina é muito barata! Enquanto estou pagando R$ 3,80 o litro, no ES pagaria R$ 4,60 e no RJ cerca de R$ 5,20 (quando abasteci em Cabo frio estava perto disso).
 Depois de inúmeras belas paisagens e me adentrar no estado do Rio Grande do Sul (RS), por fim chego em POA (Porto Alegre). Chego procurando o IBIS Budget, onde Renata já se encontrava. Por fim acho o hotel. Fica no centro. O hotel estava lotado, cheio de Argentino. Muita gente do lado de fora. E muita gente fazendo check in. Parece que haveria um jogo da Argentina no outro dia lá em POA. Eu chego na recepção do hotel morrendo de vontade de ir no banheiro "mijar". Tinha fila e nessa hora eu quase mijo na calça. Na verdade cheguei a mijar um pouquinho, teve jeito não. Xingava baixinho. 

Não tem banheiro no térreo. Pelo menos não vi. Por fim sou atendido.

Subo até o quarto correndo e lá encontro Renata. Mal cumprimento e vou pro banheiro. 
Vista do Ibis Budget em POA - fantástico
Um primo da Cláudia (madrasta da Renata) que mora em Porto Alegre nos convida a gente para ir na Orla do Gasômetro tomar um chimarrão. Partimos pra lá de UBER. Encontramos o pessoal, fizemos passeio de barco e vimos um grande espetáculo da natureza: aquele pôr do sol espetacular dali.

Gasômetro - lembrando "Animals" do Pink Floyd
O
 Gasômetro é um local que havia sido desativado a anos atrás. E ali ficava na beira da Lagoa Guaíba. Lembro do álbum "Animals" - Pink Floyd, ao passar no Gasômetro desativado. 







O Pôr do sol desse local está sinceramente maravilhoso. A temperatura na faixa de 20 graus. As pessoas nas ruas curtindo o dia como se fosse um final de tarde de verāo. Muito legal a cena, que não é comum por aqui nessa época. Por isso vale o registro. 





O inverno ainda permanece tímido.

Barquinho, pôr do sol, chimarrão, conversa boa e amigos
Pegamos um barco e curtimos o visual, tomando um chimarrão e conversando.

Recepção boa em POA!

Dali do gasômetro vamos para a casa do Ronaldo, onde eles preparam um churrasco gaúcho tradicional acompanhados de chimarrão e da cerveja "Polar", que é original do Sul. A recepção do Ronaldo e de sua família é muito diferenciada. Realmente falta palavras para agradecer tamanha apreciação e boa vontade de estar conosco.

No dia 23/06 acordamos cedo, tomamos café com os Argentinos (eita povo que fala...) e partimos rumo a Gramado. Renata ainda tem dificuldade de arrumar a bagagem (o baú tem espaço reduzido e demanda pratica). Gramado ficava cerca de 140 km de Porto Alegre. Bem próximo. Subimos a serra naquela sensação grande do clima esfriar, pois estava um calor de matar. Pilotava leve, porém com aquele suor nas costas.

Gramado -  "Mundo meio de plástico" mas foi legal de conhecer
Pousada VILLA CANTALOA  - Gramado/RS

Chegamos em Gramado junto com uns ciclistas. Paramos para fotografar e conversamos com eles, trocamos telefone. 


Procuro a pousada e, enfim, chego lá. Começo a desmontar as bagagens e, quando vou olhar para o pneu traseiro da Anastacya, constato algo estranho: estava faltando uns 4 raios. Quebrou pelo caminho. Eram os raios de inox que havia colocado no ES. Não entendo o motivo de terem quebrado. Mas nem quero saber.











Fico 4 dias naquela região de Gramado. Quando levo a moto para trocar o óleo, aproveito para recolocar os raios faltantes, reapertar e realinhar tudo. R$ 150,00 todo o serviço. O mecânico Bill me explica que esses raios inox muitas vezes são de segunda mão, de qualidade inferior. Ele acaba substituindo por aros cromados, pois era o que ele tinha para oferecer.

Deixamos a moto na pousada e fomos caminhar por Gramado. Paramos em um tal de "Carlito Fondue", recomendação de um amigo (Felipe). Estou louco para experimentar o tal fondue de Gramado, tão falado pelas mídias... a experiência é meio traumática para mim e Renata, pois comemos demais.
Carlito e o Fondue

Bem, sobre o Fondue:



 - São 3 sequencias: queijo, carne e chocolate. Se puder, DISPENSE o de queijo.





Motivo: o queijo na verdade não é queijo. É uma mistura com maizena, que enche muito e fica enjoativo. Os aperitivos são vegetais e pães. A gente estava com muita fome e devoramos o de queijo. O resultado foi ficar cheio demais e com trauma



Os outros de carne e chocolate são deliciosos. APROVADOS.







Saímos do Carlito rumo a lugar algum, querendo andar para fazer digestão. Somos abordados por 2 garotos que estavam fazendo marketing do Hard Rock Café. Depois que viram que a gente parou e gostávamos de viagens, oferecem uma oportunidade de conhecer a proposta da Hard Rock. Entramos num estabelecimento acompanhados por eles... e somos bem tratados (biscoito, doces, café..). O pacote é uma fração de um Resort da Hard Rock no Brasil. Eu já estou bêbado, começa a parecer legal. E quase assino o papel, mas Renata me contem. Eu sendo eu...impulsivo. Vejo como oportunidade de investimento, meu interesse é como investimento e "aluguel" para outras pessoas. Mas meu barato é cortado por Renata. Ainda bem. No futuro vou agradecer... algo realmente soava estranho... aquele marketing todo, aquela pressão... se fosse bom estaria ali. Um casal ao nosso lado é aplaudido, por ter acabado de assinar. Pressão do caralho!  

Quando então sinalizamos que não tínhamos interesse e depois do gerente de vendas fazer umas 5 propostas para caber no nosso orçamento, os atendentes simplesmente nos dispensam e dizem: "era a oportunidade de vocês. Amanhã não terá como mais voltar atrás". Nos levam até a saída e nos despacham feitos qualquer um... Tudo para vender uma ilusão...um sonho de poder viajar 8 vezes por ano para um Resort da Hard Rock e ter uma vida de Rockstar nas férias. Que merda! rs 

No Resort tem tudo: estúdios de gravação, tocar em qualquer instrumento que quiser, guitarras de todos os tipos e gostos...bebidas.. festas...Isso não me interessava muito, pois nas férias o que eu menos quero é tocar. Eu também não curto a ideia de Resort. 

Teve bom a experiência

Na segunda dia 24/06 acordei cedo. Bate uma deprê, acho que foi o sentimento de ver as mensagens no whatsapp do celular da empresa. Aproveito para responder algumas coisas, coisas do trabalho. Fui dar um rolê com a moto, aproveito e levo na oficina. Deixo a moto na oficina perto da Pousada.


Capa de album de banda, instagram, facebook, etc
 Fomos passar o dia em Canela-RS. Pegamos o busû municipal e pra lá partimos. Chegamos até a igreja de Pedra, tiramos algumas fotos. Um menino dali da rua se propôs a tirar algumas fotos. Pelo que vimos, o ganha pão dele é esse. Depois das fotos deixamos uma graninha pro trabalho dele, que ficou muito bom. Belas fotos.



Caminhamos por Canela, cidade linda demais. As casa mais com cara de "casas", diferente de Gramado, com aquela beleza de "plástico" e desfiles de moda. Tomamos um chá de maçã numa cafeteria e comemos Wafer. 



Foi magnífico. Pegamos um Uber até o Teleférico do Caracol, passamos a manhã por lá vendo alguns atrativos. Cachoeira do Caracol é muito linda, pena não poder ir perto e tomar um banho.

Cachoeira do Caracol - Canela/RS

No passeio do teleférico, encontramos umas esculturas de animais que transmitem o som natural do animal, ao passarmos o bastão de madeira nas costas deles. Muito bacana! A ideia veio de um japonês (não me recordo o nome), grande estudioso dos animais. Muito divertido esse dia.
Muito legal os sons que esses bixos fazem - replicam
o som real da natureza

Cara de Hard rock Café - não é muito minha cara,
mas de férias a gente experimenta.

Volto para Gramado a tarde. Busco a moto na oficina e deixo na Pousada. Vamos a pé até o Hard rock Café (tinha que conhecer né, depois de tanta propaganda do dia anterior). Como um hamburgão. Renata pede salada. Bebemos uns drinks, eu na minha cerveja e Renata nas batidinhas.









Toca uma música ao vivo. O artista está meio sem vontade de tocar, talvez pelo fato de ser plena segunda feira...rs. Rola uns covers legais de U2, REM e Pink Floyd (confortable numb). 

Alzheimer purim



Saímos de lá bem animados. Comemos um doce muito gostoso perto do HardRock. Renata dá pala de Alzheimer, está muito engraçado! kkkk







Resolvemos voltar até Canela para ver a Igreja de pedra a noite. Dizem as pessoas que é um espetáculo. E realmente é: ela muda de cor com o tocar das notas, em cada tempo, com belos jogos de luzes. Teve um momento que toca uma música e o ritmo dita o compasso das cores, com tons azuis, vermelhos, verdes... Muito maneiro.

Fantástico o jogo de luzes
Na volta, fomos pegar o busu. Rolou uma DR, pois eu havia deixado o ônibus passar pela rodoviária (perdemos o busú). Vazamos de UBER (pertinho...R$ 15,00).

Casa Centenária


Na terça dia 25/06 acordo cedo e resolvo rodar de moto. Resolvemos fazer um passeio diferente aquele dia, algo mais rootz. Partimos para um roteiro que engloba a casa centenária, o moinho, a Fábrica de Mate. Está tudo sem recepção para nós (alguns lugares fechados), pois não havíamos reservado nada antes.







Após a casa centenária, passamos perto da Família Fioreze e resolvemos parar. Somos recebidos pela Dona Natalina e adentramos na história da família: um museu completo, com todas as coisas que você podia pensar na época. Armas, ferros de passar antigos, lambretas, tudo quanto era equipamento de campo e fazenda. Muito bacana.

Ficamos de conversa com Dona Natalina, tomamos um café e partimos.

Recepção do pastor alemão - susto da porra
Família Fioreze

A caminho do Jardim das Olivas do Gramado

Olivas de Gramado
Seguimos rumo as Olivas de Gramado, por uma estrada de terra deliciosa de seguir. Chegamos lá fomos recebidos pelo Tchê Benetti, cheio de história. Cabra engraçado e tão gente fina que até peguei o telefone dele.


Dá umas dicas sobre a rota... falou para eu só passar no Corvo Branco na volta para Santa catarina, mas não descer a serra, pois em período de chuva era um pouco perigoso. 






Aprendemos a degustar e escolher azeite 

COMO ESCOLHER UM BOM AZEITE:

Primeiro não se deve comprar azeite com acidez acima de 0,5%. Tem que ser < 0,5% ou igual. 

Aprendo que para escolher um bom azeite, tudo começa pelo cheiro. Coloca no copinho, esquenta o copo embaixo e fecha a boca do copo. Como o azeite é volátil, ele vai espalhar por todo ar dentro do copo. Daí você cheira: o cheiro tem que ser de MATO AMARGO, mato mesmo! Quanto mais estiver assim, melhor é o azeite. A sua consistência deve ser analisada também no copo, sua textura bem liquida.


Fazendinha


Aprendemos que azeite tem mil benefícios, e adquirir o habito de comer na salada é excelente... além de fazer a terapia de tomar uma colher todo dia de manhã é excelente, principalmente se curtido no alho (bom pra pressão, colesterol, etc etc.). 



Cozinhar com azeite bom é jogar dinheiro fora, pois o azeite mesmo evapora todo.

Falando nisso, ele deve ser conservado em locais ou móveis próximos ao chão, onde é mais frio, em temperatura máxima de 25 ºC.







Deve sempre escolher pela safra do ano, pois quanto mais velho o azeite, mais você perde devido volatilização. Comprar de muito longe também traz esses riscos, por isso talvez vale a pena escolher por regiões próximas a sua. 
Olivas de Gramado - Lugar novo e muito bacana na cidade de Gramado/RS
E muito cuidado com a pirataria do azeite, pois pessoal tem misturado óleos nos azeites de hoje em dia. Por isso, comprar em Empórios é sempre a melhor opção.

Ta ai o link da onde tenho comprado: https://www.emporiodoazeite.com.br

VOLTANDO A JORNADA DO DIA...




Fim da tarde fomos até a Família FOSS, experimentar o famoso Café Colonial. Fomos recebidos com um delicioso café, bem regrado e musica italiana da boa. Depois de cantar bastante "BELA POLENTA QUERIDA, TCHA TCHA PUM TCHA TCHA PUM", e comer bastante .... pegamos a moto e voltamos para a pousada.



Melhor Café Colonial da Região - FAMÍLIA FOSS
Começa uma chuva leve.
Frente fria finalmente chega. Já havia previsto no meu programa de celular.

Naquela madrugada de 25 para 26/06 fez frio extremo. Saímos de 20 ºC para 0 ºC. Tínhamos combinado de ir para Bento Gonçalves, com pessoal de uma agência de lá. Uma van passaria as 05h.



Frio da peste. E toma-lhe vinho 

Agasalhamos e saímos. O frio era de matar. Agora sim, o inverno!


Fizemos os passeios de Maria fumaça, fomos até a estação de Garibaldi, tomamos muito vinho de manhã para esquentar. Esse dia inicia bem bacana, conhecemos as parreiras de Uva, visitamos vários lugares legais, incluindo a fábrica da Tramontina.






Aprendemos que Uvas TANNAT são ricas em taurinos e são excelentes para a SAÚDE.
Fomos em duas degustações durante o dia. Uma de champanhe e outra de vinho.

Quando voltamos, fomos direto tomar uma sopa para passar o frio.
Gaucho Tchê




















O trem e a parada em na estação férrea de Garibaldi


























No dia 27/06, na quinta feira, arrumamos as coisas de manhã e partimos rumo a Cambará do Sul. Cidade lembra aquela cidadezinha do interior, aconchegante e bem rural. A rua próxima a igreja da cidade estava sendo enfeitada devido festa de São João que teria no sábado. Os cachorros da rua passeavam pela praça e seguiam a gente na rua, até a Pousada. Muito legal este lugar. 

Ficamos na Pousada Recanto das Gralhas.

Cambará do Sul
Comemos em alguns restaurantes bem legais, como o Restaurante Taberna (e o especial Risoto de pinhão) onde tomamos um bom vinho e o Rodízio de trutas.


  
















Partimos na sexta feira dia 28/06, com muito orvalho pela manhã, para o Cânion Itaimbezinho. Estrada de terra gostosa de pilotar. Contato gostoso com ar puro e a natureza. Visitamos os belos Cânions após 1 horinha de caminhada. Seguimos para a casa da Dona Maria (no meio da trilha), tomamos um café gostoso, comemos um bom pastel (inclusive o de Pinhão). Mais um dia muito gostoso e gratificante.
Cânions - Itaimbezinho
Descampados lindos - uma casa de nativos no meio dessa pastagem, um pastél de pinhao e um café caseiro



Araucárias
Surpreso em como pode o brilho nos olhos mudar tanto, comparando o início da viagem e o meio
Casa da Dona Maria no meio do nada nos Cânions - conforto da alma garantido
No dia 29/06 saímos sentido serra do Faxinal, uma descida de cascalho e estrada de terra. Foram 67 km de Rippio até pouco depois de Praia Grande. Encontramos uma galera de long board descendo uns trechos de asfalto que a serra tinha. Os caras são sinistros, altas manobras legais.

Pegamos a 101 num calor de matar, subindo sentido norte. Chegamos em Lauro Miller a tarde, e subimos a Serra do Rio do Rastro no fim da tarde. Passamos a tarde admirando e contemplando a Serra, lá de cima.


Serra do Rio do Rastro e suas 284 curvas
 
Um Lugar du caraio...



O que leva da vida é a vida que se leva!
Quatis

Tomamos um café e fomos para uma Pousada (pousada dos papagaios), toda de madeira, em Bom Jardim da Serra. A dona da pousada era Paraguaia, uma figura! Preparou pinhão para nós. Aquela noite comemos muito pinhão e tomamos vinho.
Pinhão e vinho
Pousada dos Papagaios
No outro dia pela manhã, já domingo dia 30/06, saímos debaixo de chuva leve sentido Urubici. Tivemos algumas dificuldade de arrumar as bagagens dentro dos baús. Renata ainda não havia se adaptado a isso. Estava um pouco incomodada com tudo aquilo.
Partiu pra Urubici.
Pegamos muita chuva até São Joaquim. Me arrependi de não ter colocado capa de chuva. Sol pegamos apenas em Urubici, que facilitou a secagem das botas. Renata estava usando a jaqueta e calça da X11 impermeáveis, qualidade bem melhor que a minha que molhou tudo. rss

Fomos sentido Serra do Corvo Branco. Lugar paradisíaco. Muito interessante a formação rochosa e a estrada cortando aquela pedra no meio.





Pedra do Corvo Branco

Ficamos lá pouco tempo. Estava muito cheio, pois era domingo. 

Descemos pela BR 282 sentido Florianópolis. Tempo começou a ficar nublado mas não pegamos chuva..

Chegamos em Floripa. Comemos uma bela porção de camarão em um restaurante a noite, indicação do pessoal de lá. A pousada que ficamos se chamava Pousada Paraíso da Praia e era indicação da Paraguaia, dona da pousada lá de Bom Jardim da Serra (parentes dela). Renata fica bastante incomodada, pois dão uma toalha suja para ela (de sangue, sei lá o que era...), além do banheiro compartilhado e sujo, Lençol não foi trocado... Mal humor se instaura na pousada. Renata fica bem incomodada. Então penso: e agora?

Melhor dormir. Ou beber outra?



Pela manhã de 01/07 acordamos com muita chuva. O que fazer? Para onde ir? Finalizar expedição? Renata pegar vôo de Floripa e voltar para casa? Não adianta só eu estar curtindo esse desconforto todo rs.

Tomamos a decisão de ir para Curitiba. Já que estava chovendo, lá pelo menos tinha algo para fazer (teatros, bares mais próximos, etc). Pegamos a moto e partimos. Pegamos muita chuva no caminho, neblina e bastante frio. Vários caminhões, mas estrada boa. A moto na chuva chega a dar uma engasgada e eu passo certo aperto, pois foi na hora da ultrapassagem. Mas da certo. Foram quase 330 km. Roupas de chuva seguram bem a chuva.

Chegamos no fim da tarde em Curitiba, ficamos no IBIS do centro. Fizemos um varal para secar as roupas. 

Partimos para a Feira do Osório, chegando lá tomamos um Quentão gostoso na feira e encontramos Sarah (amiga de Vitória). 

No dia 02/07 acordamos cedo e rodamos tudo a pé, fomos no jardim Botânico e pegamos aqueles ônibus de turismo. Fomos ao Museu Oscar Niemeyer, Ópera do Arame. Rodamos o centro de Curitiba e voltamos ao hotel. Tomamos uma sopa e fomos dormir. 

Opera do Arame
Dia 03/07 fomos rodar o centro. A noite encontro com Sarah e Janaína (amiga de lá, que trabalhava na Arcelor). Bebemos umas, conversamos bastante, foi bem legal. Curitiba é uma cidade muito gostosa, que eu moraria fácil.





No dia 05/07 saio sozinho sentido norte, num frio de matar. Renata pega o vôo de volta de Curitiba. Sigo até Aparecida-SP, já procurando pousada. Clima pesado aquela cidade.  Alguém tinha acabado de se jogar de uma passarela do centro da cidade. Cheio de polícia na rua. Gosto do clima não. Acho um hotel chamado Requinte, de requinte não tinha nada. Jantar e dormir. 

Dia 06/07 vazo sentido ES e termino minha Saga. 

Volto desnudo, de tudo. Vibrando positivo, pensando nos sonhos e projetos. Como posso mudar tanto, num intervalo de poucos dias? A meditação da estrada que nos cura.

Até a próxima. Segue resumo da expedição: