Começamos a segunda etapa do Desafio no dia 23/03. O objetivo traçado
era percorrer parte da Região dos imigrantes e região das Montanhas Capixabas.
Levei roupas de chuva pois o tempo indicava que ia chover, ainda mais com os
avisos na TV de um ciclone em alto mar que iria trazer grandes chuvas e
destruir o litoral (doce engano, esse ciclone não trouxe nada demais... saímos
como de costume as 5h da manhã do dia 23/03, da prefeitura de Cariacica.
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Rota dia 23/03/2019 |
Cariacica é um município brasileiro do estado do Espírito
Santo, situado na Região Metropolitana de Vitória. O município possui área
de 280 km2 e limita-se ao norte com Santa Leopoldina, a oeste com Domingos
Martins, ao sul com Viana e a leste com Vila Velha, Serra e Vitória. A
localização privilegiada transforma Cariacica em grande elo entre o litoral e a
região serrana do Espírito Santo, sendo cortada pelas rodovias BR 262 e BR 101.
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Prefeitura de Cariacica |
Cariacica é considerada a "porta de entrada" de Vitória. O
município é cortado pelas rodovias BR 101 e BR 262, as duas principais rodovias
federais que atravessam o Estado do Espírito Santo. O município também é
cortado pela rodovia estadual ES-080, que liga a região serrana do Espírito
Santo à grande Vitória. Neste município também se encontra a Estação
Ferroviária Pedro Nolasco, ponto de partida do trem de passageiros que
liga a cidade a capital do estado de Minas Gerais, Belo Horizonte.
Seguimos rumo a Santa Leopoldina, cidade de imigração italiana. O
clima tava um pouco frio chuvoso, gostoso de pilotar. No caminho vi um Gavião à
espreita, lado esquerdo da estrada. Bonito de ver esses animais aqui. Mostra
que ainda temos beleza e contato com Deus e que, apesar de toda destruição da
mata Atlântica no nosso País.
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Prefeitura de Santa Maria |
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Santa Leopoldina |
Por seu grande valor histórico, o município faz parte das rotas
turísticas, como a Rota do Imigrante e a Rota Imperial. A cidade é conhecida
por ter o melhor carnaval de rua da Região Serrana, cuja cultura preserva o
velho carnaval de rua, com fantasias e marchinhas de época.
Em 1857 chegaram os primeiros imigrantes: suíços, alemães, tiroleses,
dentre outros. Três anos depois, Santa Leopoldina recebe a honrosa visita de D.
Pedro II, o imperador do Brasil, que escolheu a colônia para início da
viagem ao interior da Província do Espírito Santo. Foi a colônia mais
populosa do Brasil, emancipada em 17 de abril de 1887.
Localizado na região serrana do Espírito Santo, no tempos da
colonização, iniciada pelo suíços em meados do século XIX e depois pelos tiroleses, pomeranos e
principalmente italianos e alemães. No século XIX a cidade chegou a ser
denominada a maior província do estado, ultrapassando até mesmo a capital
Vitória, devido as fazendas e a alta produção cafeeira, que eram escoadas pelo
Rio Santa Maria até o Porto de Vitória. Esse avanço trouxe ao município
modernizações, como: os primeiros carros e pequenos caminhões e também ter a
primeira estação de telefonia da província. Em 1919, foi construída a primeira
rodovia do estado, denominada Rodovia Bernadino Monteiro, que liga os
municípios de Santa Leopoldina à Santa Teresa.
A chuva caia bem leve. Seguimos rumo a Santa Maria de Jetibá, por um
trecho que beira o Rio Santa Maria e passa ao lado da represa. A chuva
continuava caindo leve enquanto subimos a serra, rumo a cidade de imigração
Alemã.
Após tirar as fotos na prefeitura da cidade, partimos rumo a padaria.
Estava morrendo de fome, sai sem tomar café. E juro, quando isso ocorre, meu
mal humor fica insuportável.
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Prefeitura de Santa Maria de Jetibá |
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Atacando a Padoca |
Saciei minha fome com um misto quente bem caprichado e um café com
leite. Me sentindo bem melhor após isso. Percebi na padaria que as pessoas
olhavam para nós com espanto, receio e dúvidas. O grupo estava unido, feliz e
conversando alto. Um rapaz de aproximadamente 40 anos com deficiência na perna
e parte direita do corpo (tipo uma paralisia) estava sentado ao lado, não
parava de olhar um minuto. Fui dar conta da sua paralisia quando ele pegou com
dificuldade o celular para bater uma foto e quando levantou pra ir
embora. Ele tirou o celular da blusa e posicionou para tirar uma foto,
acredito que do grupo falando alto. Pude sentir que, na cabeça dele passou algo
como " É tão bom ser jovem, feliz e fazer o que se gosta". Ou algo
como "como eu queria poder subir numa moto, vou guardar essa foto pois é
um sonho, afinal tenho deficiência e me sinto limitado".
Mas não será que a limitação é coisa que colocamos ou colocam na
gente? Até onde vai o limite que você pode ir? Perguntas que vieram na minha
cabeça naquela manhã ao ver esse rapaz.
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Padoca |
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Cris e Alessandro road |
Um pouco de história de Santa Maria..
Em 1872 e 1873 desembarcaram no porto de Vitória algumas
centenas de famílias alemãs. Esses alemães eram provenientes em sua
maioria da Pomerânia, então pertencente à Prússia e atualmente
território da Polônia. Ao todo, chegaram ao estado do Espírito Santo 4 mil
pomeranos. Os pomeranos eram um povo que vivia isolado entre a Alemanha e a
Polônia, com hábitos culturais diferentes do restante da população.
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Ruan e esposa |
Embora não se considerassem alemães, pois não havia de fato uma
unificação alemã a época, os imigrantes pomeranos, assim como os de outras
localidades, eram tratados como tal e foram enviados para o alto das serras,
onde já tinham se instalado outros imigrantes alemães, numa região isolada por
florestas. Na região das serras, antigamente habitada pelo índios botocudos (que
foram dizimados), os colonos alemães passaram a se multiplicar em larga escala.
Famílias com doze a vinte filhos eram comuns e, ainda hoje, os descendentes de
pomeranos formam a maioria da população na região.
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Inaya e os Cachorros perdidos |
Na colônia houve uma divisão étnica: de um lado do rio Jucu viviam
os alemães provenientes do Hunsrück e do outro lado os colonos
provenientes da Pomerânia. Todavia, os pomeranos estavam em maior número e, com
o passar do tempo, os hunsrückers foram assimilados pelos pomeranos. Os
colonos viviam em uma região isolada por florestas e esse isolamento criou
enormes dificuldades para o desenvolvimento dessa colônia. Os pomeranos vieram
para o Brasil fugindo da miséria na Europa e acabaram encontrando no país
abandono e passaram por grandes dificuldades.
Porém, esse isolamento contribuiu fortemente para a cultura da região:
mantendo pouco contato com o restante da população brasileira, os pomeranos
conseguiram manter sua cultura e idioma preservados. Ainda hoje, os
descendentes dos pomeranos levam um estilo de vida muito semelhante ao dos
imigrantes que ali chegaram no fim do século XIX, vivendo basicamente
da agricultura de subsistência e frequentando os cultos luteranos.
Continuando nossa aventura, levantamos das mesas e fomos lá fora da
padaria jogar conversa fora.
Subimos na moto sentido Itarana. Para mim, foi um caminho totalmente
novo essa região. Cercado de muita mata, fazendas, plantações de eucalipto.
Muito interessante. O sol entre as nuvens já queria dar as caras e começou a
fazer um pouco de calor.
Chegamos na prefeitura de Itarana. A igreja de lá é muito maneira.
Tirei uma foto rápida e comprei uma água, estava com sede.
A 120 km da capital Vitória, ao noroeste do Espírito Santo, o
município de Itarana é formado por vales e montan
has cercado por belezas naturais exuberantes. Tem sua cultura influenciada por costumes trazidos pelos imigrantes que colonizaram a região, em sua maioria italianos, alemães e pomeranos. Sua economia está ligada a agricultura e a pecuária.
O município é propício para a prática de esportes radicais e de
aventura, como voo livre, trilhas, caminhadas e ciclismo. Entre seus atrativos
estão diversas Igrejas e construções antigas, tanto na área urbana como no
interior. Um dos cartões postais é a Capela de Santa Luzia, localizada no cume
de uma grande pedra de onde é possível desfrutar de um belíssimo pôr-do-sol e
de uma paisagem deslumbrante.
Outra característica que encanta os visitantes são os produtos da
agroindústria como pães, biscoitos, doces, cachaça e café, tendo destaque o
queijo minas padrão da família Lamberti, eleito o melhor do Espirito Santo por
dois anos consecutivos.
A localidade onde hoje é o município de Itarana foi parte do município
de Afonso Cláudio e após um desmembramento, pertenceu a Itaguaçu,
que foi novamente desmembrado em 1963.
A colonização da terra começa na segunda metade do século XIX, quando
imigrantes italianos vindos de Santa Teresa fundaram a povoação de
Figueira de Santa Joana, às margens do Rio Santa Joana, onde existia uma figueira
silvestre. Follador, Coan, Meneghel, Rabi, Bergamaschi, Denardi, Fiorotti,
Dalleprane, De Martin, Dal'Col, entre outros, foram nomes importantes nessa
época. O povoado de Figueira de Santa Joana foi elevado à categoria de sede de
distrito, em 15 de março de 1890.
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Capa de chuva dos inferno |
Seguimos sentido
Itaguaçú. Chegando na prefeitura da cidade, o pessoal
veio perguntar de que Motoclube éramos. Estava tendo uma feira.
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Prefeitura de Itaguaçú |
Segundo informações de antigos moradores, em 1879 várias
famílias de San Cassiano de Treviso (Itália) resolveram imigrar para
o Brasil, viajando no veleiro La Valleja. Chegaram em 21 de
junho do mesmo ano à cidade de Santa Teresa (ES), onde encontraram
patrícios que haviam saído há mais tempo de sua terra natal e já possuíam
propriedades no Brasil.
Os san-cassianos trabalharam durante três anos para os
seus patrícios, buscando informações para localizarem outras terras a
colonizar. Casotti, um agrimensor que abriu uma picada até o rio
Santa Joana, animou as famílias, dando boas informações sobre as terras por ele
encontradas.
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Bike Raiz |
No ano de 1882, doze famílias (Daleprani,Xavier, De Martin, Fiorotti, Meneghel, Schwanz, Fardin, Coan, Rabbi, Toniato, Denardi, Perin, Mazo e Bergamaschi), na esperança de dias melhores e condições de vida dignas, conforme fora prometido pelo governo brasileiro, desceram o rio Santa Maria e povoaram a região que atualmente pertence a Itarana. Saíram de Santa Teresa numa viagem de muito sofrimento e dificuldade, onde a morte, a desesperança, a dor e a tristeza tomavam conta de cada um.
Ficamos pouco tempo em Itaguaçú e seguimos sentido Laranja da
Terra/ES. Me chamou atenção os 2 cemitérios da cidade (um na entrada e um na
saída) e o número de igrejas protestantes. Antigamente, antes de 1870, ainda sob a jurisdição do Porto do Cachoeiro
de Santa Leopoldina, ao fazerem a medição de terras e chegando perto de um
córrego, depararam-se com um pé de laranja de uma variedade muito rústica.
Convencionou-se que se tratava de um pé de laranja da terra. A partir daí o
córrego recebeu este nome, mais tarde o distrito e, por último, também o
município recebeu este nome.
A partir de 1856, com a criação da Colônia de Santa Leopoldina, e
1875, com a criação da Colônia de Santa Teresa, começou-se a abrir o caminho
para que fazendeiros, principalmente mineiros, e outros aventureiros entrassem
para desbravar as matas ainda quase virgens das regiões do Rio Guandu e do Rio
Santa Joana. E é, então, na região do Médio Guandu, que hoje compreende o
município de Laranja da Terra, que entre os anos de1870 a 1880 instalam-se
algumas das fazendas.
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Muitos ´pés de Abricó |
E a partir de 1910 instalou-se o núcleo de colonização pomerana e alemã no atual distrito de Vila de Laranja da Terra, com a vinda dos irmãos Seibel, que vieram de Alto Santa Joana (hoje município de Itarana) e se fixaram no vale do Córrego de Laranja da Terra.
Em junho de 1915, a comunidade luterana inaugura a sua 1ª capela, de construção simples, sem torre e nem sino. Consta que, nesta época, era proibido, por lei, que igrejas protestantes construíssem templos com torres.
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Flor do Abricó |
Partimos rumo a Afonso Cláudio, onde passamos bem rápido para chegar cedo
ao nosso destino do dia: Venda Nova do Imigrante.
Afonso Cláudio é o maior município de toda a Região Serrana do Estado,
tendo muitos bairros e 9 distritos. Concentra no Centro da cidade, os maiores
centros comerciais da região e é também sede da Microrregião de Afonso Cláudio,
que abrange a maioria dos municípios da Região Serrana. Além de ter a maior
concentração urbana, é o maior polo industrial e econômico da região serrana. É
um município de clima tropical e a terceiro mais quente do estado, seguido
de Cachoeiro de Itapemirim e Colatina, superando em dias de
verão até mesmo a capital litorânea Vitória.
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Prefeitura de Afonso Cláudio |
A população de Afonso Cláudio é de maioria descendente italiana, sendo
que na região serrana, Santa Tereza, Afonso Cláudio, Venda Nova do Imigrante e
Castelo, são as cidades com maior número de imigrantes italianos do estado. Os
italianos chegaram na região (maioria) por volta de 1860, quando a cidade já
estava fundada e já era a maior cidade da região. Logo depois, mais italianos
foram para o município de Venda Nova do Imigrante onde fundaram a
mesma.
Além dos italianos, Afonso Cláudio abriga vários pomeranos e
alemães do estado que vieram de Domingos Martins e Santa Maria de Jetibá. Por
seu passado ligado a cafeicultura, a presença de população negra e afrodescendente,
descendente de escravos, é significativa.
Continuamos nossa aventura, ao fim do primeiro dia, onde rodamos em
torno de km.
Chegamos em Venda Nova do Imigrante por volta de 11:30. Fomos almoçar, guardar as
coisas no local de estadia (um apartamento fornecido pelo Tio do Flávio) e
tirar as fotos na prefeitura. Essa sequência rendeu mal humor de algumas
meninas do grupo, pois não era a sequência combinada antes. 😅
Fomos sentido Família Busato, beber uma cachacinha e comprar quitutes.
Comprei café e palha italiana para levar para meu amor, que infelizmente não pôde ir nessa viagem. Abandonadas com o fim da escravidão, grandes fazendas daquela região de venda Nova foram divididas em pequenas glebas e vendidas, a partir do final do século XIX e início do século XX, a algumas dezenas de famílias italianas. Assim como a maioria dos municípios da região serrana,
Venda Nova foi colonizada por imigrantes italianos.
A união da comunidade sempre foi um forte marco em Venda Nova. Os imigrantes se juntaram para construir escolas, igrejas e até uma usina geradora de energia elétrica, capaz de movimentar máquinas de beneficiamento de café e iluminar casas e demais prédios.
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Lugar mais aconchegante do local |
O agroturismo foi um grande fator para o desenvolvimento da região. As dificuldades de comunicação e transporte fizeram com que os italianos fabricassem vários produtos em casa, como queijo, pães, vinhos, biscoitos, doces, massas, aguardentes e moinho para milho e café.
Em 1991, os produtores se associaram ao Centro de Desenvolvimento Regional do Agroturismo, criando e organizando roteiros de visitação para os turistas e abrindo uma lojinha no centro da cidade. Atualmente, cerca de 80 produtores participam do Agroturismo, cada um com uma peculiaridade.
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Adega |
O nome de Venda Nova surgiu porque antigamente havia uma pequena mercearia, que era chamada simplesmente de venda. Essa mercearia foi reformada e ficou conhecida como venda nova, dando nome ao local. Como a cidade foi colonizada por imigrantes, com a emancipação, em 1988, foi adotado o nome de Venda Nova do Imigrante para evitar confusão com outras localidades brasileiras de mesmo nome.
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Casa Colonial - Família Busato |
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Alambique é mato |
Depois seguimos para a Cervejaria Alteza. Estrada de terra tava igual
limo, qualquer vacilo era chão. hahahahah
Passamos parte da tarde lá na Alteza. O lugar é requintado, as pessoas
estavam bem arrumadas e vi um Mercedes estacionado.
Titi, para não ficar pra trás, pediu logo uma IPA garrafa, a primeira
da lista. Só não vou o preço R$50,00!. Isso rendeu zoação até o fim da tarde...
Ele até entrou em Quaresma 😂
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Cervejaria Alteza |
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Fotinha do Drone top... |
Ficamos lá comendo bebendo e falando besteiras. Foi sensacional. Climinha frio, cerveja gelada e prosa boa.
Depois seguimos para o local do nosso repouso noturno. Deixamos as coisas e
fomos jantar um "churrasquinho" e depois dormir.
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Vista do apartamento onde dormimos - 06h da manhã do dia seguinte |
Durante a madrugada daquela noite, acordei cedo ao som da Alvorada, as 04 h da madrugada 😅
Apesar disso só saímos às 08:00. Até a galera arrumar e se aprontar.
Seguimos sentido Conceição de Castelo. A chuva era certa que viria nesse dia...
Estava frio, com neblina e chuva leve.
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Rota dia 24/03/2019 |
No princípio do século XVIII, começaram a chegar os Portugueses que
vinham em busca de riquezas, iniciando assim a conquista nas regiões costeiras
na Província por eles denominada Espírito Santo. Em 1752, com a descoberta de
ricas minas de ouro, o número de habitantes aumentava, tornando aquele o mais
procurado da capitania. A população que se dirigia para essa região começou a
construir casas e formar uma pequena povoação. Em 1754, foi construída a matriz
sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição das minas de castelo.
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Conceição de Castelo |
O nome
CONCEIÇÃO DO CASTELO surgiu de dois fatos curiosos. Um deles
deve-se à impressão causada a um desbravador que, vindo da costa litorânea,
deparou com uma alta muralha que parecia um castelo. Outro fato é que, em
homenagem à Padroeira da Paróquia, surge a denominação "CONCEIÇÃO DO
CASTELO".
ROTA IMPERIAL
História, cultura, turismo e desenvolvimento industrial se misturam na
Rota Imperial São Pedro D’Alcântara, que insere o Espírito Santo no âmbito da
Estrada Real, reproduzindo caminhos abertos no início do século XIX. A história
dessas vias começa durante o período de exploração do território nacional em
busca de ouro.
Para controlar o trânsito de mercadorias no Brasil, a Coroa Portuguesa
proibiu a abertura de estradas na capitania do Espírito Santo em direção a Minas
Gerais. Somente com o declínio da exploração aurífera e com a chegada da
Família Real ao país a rota foi oficialmente aberta.
Concluída em 1816, definiu o intercâmbio entre as cidades de Ouro
Preto (MG) e Vitória (ES), consolidando a ocupação do território nos locais por
onde passava.
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Pit stop para conserto do Pneu |
De Conceição de Castelo descemos a serra pra
Castelo. Muita neblina na
pista, estávamos bem devagar. Apenas curtindo o friozinho e chuva. O pneu
traseiro do Alessandro (Kalahary GS 800 adv) furou chegando em Castelo. A
missão foi encontrar um borracheiro. Depois de muito rodar achamos o Sr. Jair, que nos
salvou. O sol estava bem quente e gastamos quase 1 h nessa missão. Seguimos
para a prefeitura de Castelo.
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Salve Sr. Jair |
A colonização de Castelo se originou especificamente na Serra do Castelo,
que mais tarde daria nome à cidade, assim chamada devido a formação dos montes
e vales que lembravam os castelos medievais europeus. Neste local foram
encontrado os primeiros vestígios do mineral, sendo pioneiro nesta atividade
extrativista o minerador Pedro Bueno Cacunda, que viria posteriormente a
fundar o Arraial de Santana.
Os conflitos entre os índios e mineradores não findariam por ai.
Após 1770 a crise entre os nativos e os invasores se acirraram de tal
maneira que os primeiros se refugiaram na gruta do Limoeiro e logo ofereceram
resistência aos desbravadores, expulsando-os para as regiões vizinhas em
direção à Vila de Itapemirim, acompanhando o curso do rio Caxixe,
aproximadamente nas imediações da Fazenda do Centro, que viria a receber esse
nome posteriormente.
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Prefeitura de Castelo/ES |
De Castelo, partimos para a estrada que segue para Cachoeiro de
Itapemirim, rumo a Vargem Alta.
Tiramos algumas fotos no Mirante de Vargem Alta e paramos para almoçar
na serra que leva até lá (ali antes de Prosperidade, com chuvinha leve caindo).
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Mirante |
Muito interessante: essa viagem foi um mix de chuva, sol, calor e frio: a cada
1h o clima mudava e a rota passava por baixadas e depois serras, um seguido do
outro, coisas que só o Espírito Santo tem para oferecer em períodos tão curtos
de tempo.
Além da sede, com altitude de 620 metros, o
município de Vargem Alta é
compreendido pelo distrito de Castelinho, Jaciguá, Prosperidade e São José de
Fruteiras. O relevo apresentado varia de fortemente ondulado a montanhoso,
possuindo quedas d’água que formam inúmeras cachoeiras e corredeiras,
No início da colonização portuguesa instalaram-se fazendas
escravocratas na região, mas estas foram desativadas antes do início da
imigração italiana no século XIX.
A colonização no município se deu com a doação de terras na época do Segundo Império (D. Pedro II). O clima da região fez com que uma parte dos imigrantes italianos da colônia de Rio Novo do Sul iniciasse uma migração interna para a região que compreende hoje os municípios de Vargem Alta, Venda Nova do Imigrante e outros.
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Prefeitura de Vargem Alta |
Após tirar a foto na prefeitura de Vargem Alta, seguimos para Iconha.
Descendo a Serra, a embreagem da moto do Flávio soltou da manete (em frente ao
Zucco's restaurante). Após resolver, continuamos a descida.
Iconha é um município brasileiro do ES que está
localizado na BR-101, região de montanha, onde os imigrantes
italianos encontraram terras e clima perfeitos para o plantio do café e
da banana.
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Prefeitura de Iconha |
Na prefeitura de Iconha, paramos para regular a corrente da Mula Preta
(GS 650 Flávio), que estava muito apetada e estalando.
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Mula Preta |
O sol estava de matar.
Continuamos a viagem sentido
Alfredo Chaves.
A história do
município de Alfredo Chaves teve início com a colonização dos portugueses, no século XIX, quando Dom Pedro II doou ao guarda de honra da corte, o português Augusto José Álvares e Silva, 500 alqueires de terra. Essa área foi dividida em cinco partes chamadas Sesmarias: do norte, do sul, do leste, do oeste e Quatinga.
Na região, em 1877, chegam os imigrantes
italianos, que desembarcam em Benevente. Do local, eles sobem o Rio Benevente
em canoas até a sesmaria Quatinga, onde fundam o povoado Alto Benevente. Alguns
desses europeus, com medo das enchentes e do ataque dos índios, continuam a
subir o rio para se instalarem em uma área mais elevada, batizada de Vila de
Todos os Santos.
O distrito de Alfredo Chaves é emancipado no dia 24 de janeiro de
1891, como território desligado do município de Benevente, atual Anchieta. O
crescimento econômico da região é impulsionado pelos imigrantes italianos. O
progresso chega e o desenvolvimento leva à formação do primeiro centro
comercial, onde famílias compram e vendem mercadorias. Na economia, a partir da
década de 60, com a crise do café, os agricultores começam a trabalhar com a banana,
um produto que se adapta facilmente ao clima e ao solo de Alfredo Chaves. Com o
sucesso da bananicultura e da pecuária leiteira na região, passa a ser
organizada a tradicional Festa da Banana e do Leite do Município.
Já estávamos exaustos. Seguimos subindo a serra rumo a Matilde, para
chegar em Marechal Floriano pela BR 262. Era início da tarde.
O município de Marechal Floriano foi predominantemente colonizado
por alemães e italianos, os quais influenciaram diretamente
a cultura do município. Traços dessa cultura podem ser percebidos na
sua culinária, na dança, na música e na arquitetura presentes na cidade.
A cidade está localizada na região montanhosa do Espírito Santo,
cercada pela Mata Atlântica, inclusive sendo uma das regiões do Espírito
Santo que possui ainda uma das partes mais conservada desse Bioma, fato
que contribui para o seu típico clima agradável durante a maior parte do ano. O
relevo é montanhoso, acidentado, formado por terras denominadas
"frias". A localização geográfica do município e suas características
fazem dele um lugar especial para se apreciar a natureza e fazer passeios
ecológicos.
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Marechal Floriano/ES |
Marechal Floriano recebeu colonização de pessoas oriundas da Alemanha e Itália.
Essas pessoas vieram para o Brasil devido a uma enorme crise econômica que
abatia a Europa e também o Brasil. A Europa passava por
dificuldades em decorrência das Guerras Napoleônicas que causaram
grande miséria, fome e desemprego. O Brasil, por sua vez, passava por uma fase
difícil por causa da mudança da mão de obra escrava para a assalariada e livre.
No início foram trinta e nove famílias provenientes da Prússia Romana que
vieram para a região. No dia 21 de Dezembro de 1846 chegaram a Vitória e
em seguida, no dia 27 de Janeiro de 1847, subiram as montanhas em direção à
Colônia de Santa Isabel, a qual é o primeiro núcleo de colonização em
terra capixaba. O local foi fundado por Luiz Pereira de Couto Ferraz,
Presidente da Província do Espírito Santo. Graças ao otimismo e à força
daqueles que aqui chegaram, povoando vilas e se multiplicando, sua cultura e
suas tradições hoje são mantidas, crescendo e oferecendo maiores condições aos
que visitam a região.
Por fim chegamos em Viana. Ultima da lista de viagem do domingo.
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Prefeitura de Viana |
Viana inaugurou o ciclo da imigração européia para o Espírito Santo
oficialmente em fevereiro de 1813. Vieram imigrantes alemães e italianos. Para
reduzir a escassez de mão-de-obra agrícola e ajudar a povoar as margens da
primeira estrada que ligaria Vitória à Minas, foram chamados também os açorianos.
Por fim, fomos tomar um café no Farol e contar histórias da viagem,
tão incrível que nem sei se dá para colocar nesse pequeno espaço. Eu
pelo menos estou fazendo o que dá e o que lembro. hahaha
Segue o vídeo da viagem gravado e produzido pelo Flávio:
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AHOOO E INTÉ BREVE!