Demorei, mas resolvi escrever sobre a viagem ao Perú. Primeiramente, clica aí vai:
Simplesmente fantástica a viagem ao Perú. A cultura mais incrível que já conheci foi a cultura INCA. Comprei até livros para aprofundar. Aqui vai ser só uma resenha superficial... pois acho que não dá para descrever com todos os detalhes tudo que vi lá. Foram 15 dias intensos!
Bem, começamos o rolê chegando em Lima. Ficamos em Miraflores, um bairro que distoa de toda Lima. Ficamos no Del Pilar Miraflores Hotel, hotel bem chic e caro, mas muito bom (indicação da tia da Rê). Miraflores é um local estruturado, com ótimos restaurantes, lindas praças e uma orla muito bonita. Andamos a pé para conhecer. Fomos recebido pelo Tio Juan, tio da Rê que mora no Canadá mas estava por lá para resolver alguns problemas familiares.
Ficamos um dia em Miraflores e, no outro dia de manhã, partimos para Huaraz de ônibus.
Sim. Quase 500km mas com ônibus, porém bem confortável. Fomos com a companhia Cruz Del Sur. Chegamos em Huaraz final da tarde, início da noite.
Huaraz é uma cidade bem peculiar. Situada na região de Ancash, foi construída a beira de um rio (rio Santa). Está numa região que sofre muitos terremotos. Já foi reconstruída na década de 70 porque sofreu um grande terremoto onde mais de 90% da cidade foi destruída.
Lá há o Parque Huascaran, um conglomerado de montanhas de todos níveis de dificuldade.
Fomos para uma pousada de montanhistas, chamada TUPAC HOSTEL HUARAZ. Um lugar bastante agradável, com gente que curte montanhas e um visual lindo. Além do atendimento, que foi excelente.
Dividimos nosso roteiro em Huaraz da seguinte forma:
Dia 1: Parque Huascaran - Llaganuco e conhecer Yungay
Dia 2: Parque Huascaran - Laguna 69
Dia 3: Parque Huascaran - ROCOTUYOC
No primeiro dia, após conhecer o Parque Huascaran e as lagunas Llaganuco e Orconcocha durante todo o dia, fomos também na cidade de Yungay. Em 31 de maio de 1970 houve um grande terremoto onde uma parte do pico Huascaran se soltou e soterrou toda a cidade, com mais de 50 mil mortos. Somente o local que não soterrou foi o cemitério da cidade e quem estava lá próximo conseguiu sobreviver. A região tem constantes terremotos. Mas não passamos por essa experiência (graças a Deus).
No segundo dia, fomos na LAGUNA 69, que sem sombra de dúvidas foi o rolê mais louco que já fiz na vida. Uma trip muito maneira, com paisagens de tirar o fôlego (literalmente). Uma trilha de elevação de cerca de 700m, porém com a subida partindo de quase 3900 m do nível do mar e chegando a 4600m do nível do mar. O Strava não me deixa mentir:
A trilha passa beirando o rio e depois sobe em zigue zague devido altimetria. ESPETACULAR o caminho. Lá passamos pela Laguna Consuelo, que fica um pouco antes de chegar na Laguna 69. Só tem uma subida separando-as. Só uma...daquele jeito ... hahaha
Na volta Renata já estava passando mal, mas guentou até o final e se superou só por ter ido, mesmo se não tivesse conseguido concluir.
Os outros passeios foram bem tranquilos. No terceiro dia Renata achou que era tudo para ser feito de Van, mas tivemos que andar cerca de 2 km e ela me xingou muito kkk foi motivo de briga no dia. Mas disse a ela que a partir de Huacachina o roteiro era por conta dela.
Jantamos quase todos os dias no TRIVIO, lugar que serve uma boa cerveja e também sopas. A sopa andina com quinoa é maravilhosa! Seguem os ingredientes: alho, cebola, frango, legumes quinoa.
DICAS HUARAZ: Se você não estiver com condicionamento em dia, NÃO VÁ na Laguna 69. É puxado. E você pode sofrer mal da montanha e ficar ainda pior.
Eu fiquei de boa pois estava bem condicionado e fui dosando o esforço. Além disso não tive problema com altitude, que é uma questão que não tem explicação (porque alguns passam mal e outros não).
DICA 2: Não faça sem guia para não dar trabalho para as pessoas se você se acidentar.
Durante toda a viagem conhecemos muita coisa da cultura INCA. Basicamente e resumidamente, eles foram uma cultura que viviam em comunhão com a Natureza (Pachamama), até chegarem os espanhóis... Comprei livro a respeito das gerações Incas e do império INCA, onde cusco era o centro (umbigo) de todo império, representado pelo círculo interno da Chakana - cruz andina:
Gostei tanto da cultura INCA que casei no dia 21 de junho de 2024, onde inicia o solstício de inverno e onde há a festa de culto ao Deus Sol - Inti Raymi - no Peru. Uma das pontas da cruz andina.
Os caras eram fodas. Eles conheciam muito de agricultura e cultivos, sabiam lidar bem com a natureza. Cultivam principalmente milho, batata , quinoa - base da alimentação no Peru.
Beba uma chicha morada, uma bebida peruana gostosa estilo refrigerante rootz.
De Huaraz fomos para Lima de ônibus a noite no dia 3. Depois pegamos de manhã em Lima outro ônibus para Huacachina. Passamos a noite no ônibus, e dormimos relativamente bem. Cruz Del Sur salvando o rolê.
Chegando em Huacachina fomos ver o portão do sol nas dunas.E saímos pra comer a noite.
No outro dia fomos para Paracas fazer o passeio das ilhas Balescas. Foi muito irado. Fizemos a negociação do passeio um dia antes. Tem muito passeio sendo oferecido o tempo todo nessa região, daí é possível conseguir bons descontos. A van te pegar no hotel. Bem legal.
No outro dia já ficamos curtindo a pousada de manhã. Dava pra ir para Nasca mas resolvemos ficar descansando. As 18h pegamos um ônibus para cusco que iria chegar lá só 14h do próximo dia. Dormimos no ônibus, muito tranquilo também. Acho que são quase 850 km até cusco de huacachina. Viagem longa.
Dica: Existe possibilidade de voltar pra lima e pegar avião para cusco, mas estava caro as passagens e optamos pelo busão.
Chegamos em Cusco e foi aquele show de sensação boa. Estávamos chegando no centro do império INCA.
Logo no primeiro dia resolvemos fazer PISAQ, cidade que também tem uma forte história. Pertence também ao VALE SAGRADO.
No dia 2 em cusco fizemos Ollantaytambo de manhã e de lá já pegamos o trem para Machu Picchu a tarde. Ollantaytambo é uma cidade que quero voltar para passar alguns dias e fazer trilhas também.
Em Cusco ficamos no Saska hotel nos primeiros dias. Hotel luxuoso e muito bom. Só o guia brasileiro da Rap Travel Brasil que era chato e que queria nos "meter a faca" na venda dos passeios... Se comprassemos antes no Brasil os passeios de Cusco por indicação dele, estaríamos pagando quase o DOBRO do que encontramos lá na hora. Isso mesmo. O DOBRO! Tem muita agência de viagem que faz os passeios a todo o tempo, NAO TEM NECESSIDADE DE FECHAR PACOTE ANTES A NÃO SER OS TICKETS DE MACHU PICCHU.
Apesar do guia chato, conseguimos pegar indicações de almoço em Cusco: YOLA RESTAURANTE bom e barato!!!
Para Jantar: ANDEAN GRILL (top demais também)
Os passeios da Montanha colorida e outros "famosinhos" como Laguna Humantay nos não fizemos. Já estavamos saturados de subir montanhas desde Huaraz rs. Huaraz fica cerca de 3300m do nível do mar. Cusco fica a 3400 m. Machu Picchu já é 2400 m, ou seja, mais baixo que Cusco.
No dia 2 em Cusco já fomos a Machu Picchu. Machupichu significa montanha pequena e Uanapicchu montanha grande, ambos nomes dados por exploradores que descobriram a cidade perdida. Ou seja, não é um nome INCA.
Em Machu Picchu, após pegar o trem em Ollantaytambo, ficamos no AMAKONKAY MACHUPICCHU. Para o trem, compramos os tickets no INCA Rail na ida e na volta.
A ida foi saindo de Ollantaytambo e a volta foi voltando até cusco de van (de Ollantaytambo até cusco o percurso e de carro ou van).
Vou resgatar o ticket e postar aqui.
Outra curiosidade é que ninguém sabe dizer como a população de Machu Picchu sumiu. Quando os espanhóis chegaram na cidade eles já haviam sumido. O guia nos disse de uma hipótese que eles pegaram febre amarela e todos da cidade morreram. Viviam cerca de 1000 pessoas lá.
Na volta de Machu Picchu, mudamos depois para um hotel mais em conta e excelente também chamado QUECHUA APART HOTEL.
O guia de lá faz a trilha inca. 4 dias de rolê pelo caminho original de cusco a Machu Picchu. Deu vontade de fazer mas precisava de mais tempo..
Cusco vale a pena voltar. Muita coisa pra fazer lá. Faltou fazermos chinchero, salineras Maras, Moray ( tudo no vale sagrado).
