Visualizações de página do mês passado

domingo, 7 de maio de 2023

Projeto Agrofloresta (2019 a 2022) - CICLO II

 Liga o som e sente que lá vem história...




Nos anos de 2019 e 2020, os trabalhos foram mais aplicados na recuperação do solo através do plantio de algumas frutíferas e leguminosas. As frutíferas não vingaram muito e sofreram muito com formigas (grandes criadoras de florestas). 

Tinha que focar em espécies menos exigentes, já que o solo não respondia.
Gastei bastante com insumos nesse período (calcário, esterco de boi e galinha, farinha de osso, torta de mamona).

Comecei a estabelecer linhas de plantio visando dar mais vigor e resiliência ao processo de sucessão da agrofloresta. As linhas ajudariam a reter mais água no solo, já que eu não possuía nenhum tipo de irrigação nessa época. Fui investindo na compra de leguminosas para adubação verde, visando o plantio nas entre-linhas. E também tentando ao menos manter as mudas vivas, com as formigas castigando o tempo todo sem dó.

Eu tinha bastante dificuldade na época. Foram vários dias indo manejar o terreno e não tinha nem lugar pra dormir. Ia e voltava para Santa Teresa no mesmo dia, com algumas ferramentas no carro, exausto e cansado. Almoçava lá mesmo: levava uma quentinha com aveia, mel e banana. O bixo pegava o dia todo e o sol também castigava. Passava o dia todo capinando o lote, arrancando o sapê e jogando por cima do solo (faço isso até hoje - 2023 rs). Sapê é muito resiliente. Ia a cada 2 a 3 meses fazer isso.


Em outubro de 2021, houve a oportunidade de construir. As coisas melhoraram, pois comecei a estar mais presente executando a função de plantar e manejar. Poder dormir e acordar lá para trabalhar no manejo é algo espiritual que tem limpado minha mente e me mantido sã nesses tempos mais difíceis. Fiz um canal no Youtube chamado "Sobrevivendo ao apocalipse", com ideia de mostrar os aprendizados que a proximidade com a natureza trás. 

A estratégia desse ciclo II tem sido: implementar capim brachiaria, feijão guandu, feijão
de porco, crotalária e outras espécies menos exigentes, onde não tinha nada crescendo. O objetivo é gerar biomassa através do capim e leguminosas. Criar um forte alicerce para serem berço para culturas mais exigentes. Sempre manejando (podando) para fortalecer o solo e alimentá-lo, fortalecendo a rede de fungos e de vida. Solo coberto é solo vivo. 

Os princípios que venho utilizando se baseiam na agricultura sintrópica: plantar em densidade, diversidade, estratificação e sucessão de plantas. E, claro, manejar o solo sempre que possível para alimentá-lo e mantê-lo sempre coberto, protegendo-o do sol.


Em 2023 estou exatamente nesse ciclo de fortalecer mais a BASE do sistema com leguminosas e capim brachiaria (geradores de biomassa). Só que agora também implementando e colhendo mandioca, milho e outras hortaliças. Implementei algumas frutíferas também, que aos poucos vem crescendo. 

Apesar de muito esforço despendido nessa missão, tem sido gratificante. O sistema esta mais úmido graças ao solo coberto. Mais ainda estamos longe de um estagio III. Mas vamos com fé nessa causa nobre e propósito de vida.


































8 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pelo trabalho e obrigado por compartilhar conosco a sua expedição!!

inez disse...

Meu filho fico feliz pela disposição e determinação com seu árduo trabalho ao longo desses anos para recuperar esse solo que era tão pobre e hj pelas fotos como mudou . Está cada dia mais revigorado, a terra está escura,mais úmida e adubada,aos poucos vai melhorando e vai colher muitos frutos desse trabalho que é cansativo mais gratificante.
Deus te abençoe e te dê muita saúde pra continuar com muito amor a tudo isso que ele te proporciona. Bj 😘no coração ❤️

Francisco Carlos de Medeiros disse...

Que você continue com o seu objetivo,nada é fácil mais você já está vendo a diferença, vamos colher muita coisa neste terreno.

Anônimo disse...

Obrigado vamos que vamos

Anônimo disse...

Obrigado vcs me ajudam muito

Anônimo disse...

Bora que o tempo não para

Anônimo disse...

Parabéns pela iniciativa, cada dia uma descoberta nova neste lugar.

Calunga disse...

Obrigado!