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quinta-feira, 7 de março de 2019

ESTRADA REAL - CAMINHO VELHO

VIAGEM PELA ESTRADA REAL – CAMINHO VELHO

Ainda estou “anestesiado” quanto a viagem pela Estrada real velha, que fiz junto de amigos, no último feriado de proclamação da república (novembro de 2018). Foi uma viagem sensacional que merece uma descrição.


Saímos de Vitória-ES rumo a Ouro Preto-MG no dia 14/11/2018, as 07:40 da manhã. A moto (Anastacia) portava os vários utensílios: levei um saco de dormir e isolante, além da barraca para caso de camping; levei também ferramentas, spray reparo, 2 câmeras de ar; levei 2 camisas, 1 bermuda, 2 calças (que até hoje não sei pra que levei), uma blusa de frio além da jaqueta de motociclista; levei coisas pro banho (kit limpeza) e levei fogo e pederneira para imprevistos, cordas paracord, fita isolante; levei carregadores para celulares, em sacos estanque de sacola plástica do extrabom. Coloquei tudo dentro do top case e de um saco estanque de 30L, que havia comprado na Decatlhon por R$ 149,00. Ótimo investimento.

O tempo estava chuvoso, havia chovido a semana inteira. Eu estava preocupado se iria pegar chuva na viagem pois iriamos passar em muita estrada de chão de condição muito ruim. Realmente isso me incomodou dias antes de sair (não sei porque motivo, medo de que..?). Graças ao bom Deus não estava chovendo ao sair de casa. Saímos eu e mais 3 Riders (Flávio, Alexandre e Alessandro) debaixo do tempo nublado, sol com nuvens. Tempo gostoso de pilotar. Fomos numa tocada boa até Manhuaçú, viagem bem tranquila. Chegamos em Ouro Preto por volta das 15h. Fomos para a república Pif-Paf guardar as coisas, para depois procurarmos algo para comer (não almoçamos no caminho para adiantar a viagem).



Em Ouro Preto, fomos comer numa lanchonete pois não havia mais restaurante aberto aquele horário. Comemos umas empadas gostosas na esquina ao lado da Mercearia du Ferrugem. Depois partimos pra Praça Tiradentes, para pegar os passaportes da Estrada Real. Após isso, passamos no CAEM e degustamos a cerveja Ouropretana que estava sendo vendida ali. Bebemos na rua mesmo, na calçada, junto da companhia de cães de rua. Passamos também na feirinha de pedra sabão para comprar lembranças.

A galera da república providenciou o golo (cerveja mais tira gosto), após racha. Ficamos conversando até umas 00h00, foi bom recordar velhas histórias.


No dia 15/11, quinta feira, saímos as 08h00, paramos para tirar fotos e tomar um café na padaria ali na rua São José. Café com Leite do bom.
Fomos sentido ao trevo de São Bartolomeu e pegamos a estrada real, estrada de terra logo no início. O caminho até São Bartolomeu foi bem sossegado. Paisagens bonitas, bosques e aquele cheiro de mato bom de sentir. São Bartolomeu é um lugar pacato, paramos para carimbar o passaporte e tomar uma água.

Após São Bartolomeu, a estrada dificultou um pouco. Nos perdemos duas vezes, entrando em fazendas erradas e num parque que não fazia parte da rota. Perdemos muito tempo.

Após acertar o caminho, pegamos uma estrada de terra de barro vermelho, onde estava muito escorregadia. Após alguns tombos, foi complicado  levantar as motos nas valetas mas conseguimos. Após esse momento de canseira, perdemos novamente a trilha lateral para Glaura. Resolvemos passar direto e ir para cachoeira do Campo e Santo Antonio do Leite, para não perder muito tempo.


Almoçamos em Santo Antônio do Leite, um PF maravilhoso e farto. Almoçamos por volta de 13h. Continuamos na estrada de terra até Eng Correa e descemos a MG-030 passando por Miguel Burnier até Lobo Leite. Nesse caminho passamos por várias Minas de minério de ferro da Gerdau, muitos caminhões com minério na pista de terra. Muita poeira mas o visual era muito bonito! O clima estava fresco, tinha acabado de chover um dia antes e muitas nuvens no céu. Isso ajudou muito no percurso. Fomos até Congonhas carimbar os passaportes.


Congonhas é uma cidade com muitas igrejas. Fomos na principal carimbar, lá em cima do morro no centro. Ruas de pedras e muita cultura da época de exploração do ouro, tudo isso no ar do lugar.
De congonhas descemos por São Brás do Suaçuí. Entramos num trecho de atoleiro danado aí...resolvemos ir pelo asfalto. As nuvens estavam escuras no céu e uma coisa era certa: ia chover muito. Seguimos em frente. Nossa previsão era dormir em lagoa Dourada, mas o tempo fechou tanto e começou a chover muito. Ficamos em Entre Rios de Minas, numa pousada chamada POUSADA DAS PEDRAS. Lugar tranquilo, bem sossegado, e barato. 

                                                        
Logo que chegamos, colocamos as motos na garagem e saímos pra comer num bar perto. Estava com um clima gostoso, aquele clima frio de minas e uma chuva leve. A chuva me preocupava em relação ao 2º dia de viagem (próximo dia), pois teríamos que andar muitos Km, e muitos em estrada de terra. Minha preocupação consistia que só eu teria que voltar para trabalhar, os outros Riders estavam de férias.


As estradas eram mais asfalto que estrada de terra. Digo uma coisa para vocês: estrada de terra cansa e não rende. Não tem jeito. Mas é bom demais! Hahahahahahaha


No segundo dia de viagem, acordamos cedo e resolvemos ir direto para Lagoa Dourada. Não passamos por casa Grande, pois era estrada de terra muito ruim, e tinha chovido muito durante a noite. Muita lama, e nosso tempo era curto. Infelizmente. Uma das coisas dessa viagem que tiramos para a vida é que temos que voltar com tempo para aproveitar mais os lugares.






Chegamos em lagoa Dourada e fomos carimbar o passaporte na pousada da Dona Aidê. Lembro que estive nessa pousada na época que ainda tinha uma Bros, em 2006. Muito bacana a lembrança desse lugar, muitas histórias guardadas na memoria. Um dia paro pra escrever sobre isto.


Lagoa Dourada - MG


Seguimos para Prados, formosa ...  Fomos bem recebidos, pelo anfitrião André, motociclista também, na Pousada Vila Olga (http://www.vilaolga.com.br/). Com direito a pão de queijo mineiro e Café. Lugar bacana para passar vários dias e merece destaque!



Seguimos pela estrada de Terra até um lugar chamado Bichinhos, fantástico vilarejo. Tem uma casa lá que foi construída fora dos padrões normais: ela é torta! Compramos alguns souvenirs lá e seguimos para Tiradentes. 


Ficamos lá na praça um pouco e seguimos para São João Del Rei e depois Carrancas.
Carrancas é um lugar paradisíaco. Almoçamos lá e fizemos tomadas de vídeo com o Drone do Alessandro, no Mirante.

Mirante de Carrancas é fantástico.

Mirante de Carrancas


O sol estava escaldante. Resolvemos seguir sentido a São Thomé das letras. Chegamos no final da tarde. Pegamos estrada de terra entre Luminárias e São Thomé.

















Pôr do Sol em São Thomé das  Letras
Rodoviária de maluco é Posto de Gasolina

No 3º dia seguimos sentido Crusilha, estrada de terra boa de andar. Passamos por Baependi e Caxambú. Dizem que Caxambú tem muitas cachoeiras incríveis, porém o tempo era curto. Passamos pelo Parque Nacional Serra do Papagaio, uma serra linda após Caxambú, altas curvas bacanas e visual maravilhoso!

Passamos por São Lourenço, Pouso Alto, Itamonte, Itanhandú e Passa Quatro. Tomamos um café em Passa quatro e encontramos um amigo motociclista (Giovani Buzzi) fazendo o Caminho Novo.Passamos pelo Parque Nacional do Itatiaia, outro lugar pra visitar com calma.

Chegamos no estado de SP, passamos por Cruzeiro, Guaratinguetá e seguimos pra Cunha.

Cunha é um lugar bacana, histórico, e fica lá no alto da Serra. Almoçamos lá num self service, antes de pegar a estrada que corta a Serra da Bocaina e a Serra do Mar. O lugar mais foda que eu pilotei em toda minha vida (até o momento).


Serra da Bocaina , neblina logo que entramos nela


Essa estrada que corta o PN Serra da Bocaina (lado RJ) e a PE Serra do Mar (lado SP), que liga Cunha a Paraty é espetacular. Primeiro, tem curvas deliciosas de se fazer. Sensação única.
Tem vários atrativos na região, um lugar que merece ao menos 3 dias pena que foi tão rápido e passamos somente uma tarde a caminho de Paraty.

O lugar tem muitas cachoeiras ao redor da Serra, paramos em algumas (uma no topo da serra e outra na base) pra um bom banho, naquele calor que estava.
Cachoeira fodarastica na Serra

Conforme você vai descendo a serra, você vai encontrando várias calotas do carros que passam por ali. Quando chegamos em Paraty, a moça da agência que fornece o certificado que nos falou o motivo: o freio esquenta tanto na descida de carro que a calota solta. Que louco!!!
Descemos vazado, com muita neblina e muita emoção.





Chegamos em Paraty e não tinha lugar para ficar (hostels). O jeito foi fazer o que a gente faz de melhor: acampar. Camping foda, com direito a histórias dos Trapalhões, Do véi do Alzheimer, formiga quente pra caralho no local da barraca, etc etc hahaha.


No 4º dia seguimos rumo a Angra dos Reis, beirando toda Serra da Bocaina


O objetivo era contornar o RJ e chegar a Teresópolis. O caminho esse dia foi muito tranquilo, passamos dentro de túneis, passamos em serras (incluindo a Serra dos Órgãos).
Serra Nacional dos Órgãos - Teresópolis / Petrópolis RJ




Carimbos de algumas cidades


Mais carimbos!



Site do amigo Giovani Buzzi, motociclista que esta lançando um livro

Links: https://voudemoto.blog/











12 comentários:

Alexandre disse...

Toop!!! Momentos inesquecíveis fazem nossa história merecedora de ser contada. Bora que o tempo não pára nunca.

Unknown disse...

Meu filho amado,quantas aventuras!!!vc vai ter muitas histórias pra contar pro seu filho.Mamãe te abençoa nessas andanças da vida.Deus te proteja, te ilumine e que os arcanjos estejam sempre com vcs em todos os momentos de suas vidas.❤💋😘😚

inez disse...

Escrevi meu comentário no celular do Pai rsrsrs...Te amo demaissss,adorei ler as aventuras da estrada real,achei muitas coisas perigosas,mais é essa adrenalina q vc ama né.Deus te abençoe 🙏🏽❤💋😘

Flavio Tulio Busatto disse...

Isso aí, top d+. Viajem foi corrida, mas as memórias são pra vida toda. E pode acreditar foi só o começo, tem mais por vir.

Unknown disse...

Muito bom, Dedé. Vai ficar para sempre na memória. Ainda bem que vc não citou o "Paulão"
Alessandro / Kalahari

Ruan disse...

Show de bola.

Giovani Buzzi disse...

Fala Raphael.
Legal te encontrar aqui. Parabéns pela viagem e pelo relato.
O livro está no forno. Deve ser lançado em julho .
Abraço
Giovani Buzzi

Calunga disse...

O tempo não para e um homem sem história é um homem fadado a morte em vida. Bora rodar. Breve "Fazedores de Chuva" em ação.

Calunga disse...

Adrenalina sempre. Os Arcanjos sempre estarão comigo. 🤘

Calunga disse...

Vamos que vamos. 🤘

Calunga disse...

Massagem do Paulão vou deixar pra você contar, já que a sensação foi única sua hahaha

Calunga disse...

Valeu meu amigo. Saindo o livro nos avise. E venha nos visitar em vila velha / Vitória . Abraços bons ventos sempre.