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quarta-feira, 20 de março de 2019

Primeira Etapa - Valentes Fazedores de Chuva

Partimos para mais o desafio as 05h do dia 16 de março de 2019, um domingo com clima ameno, hora nublado hora muito sol. O destino era fazer a rota do SUL do ES, 1ª etapa do projeto "Valente Fazedor de Chuva". Mais informações no Post desse blog do dia 16/03 (http://calungao.blogspot.com/2019/03/fazedores-de-chuva-geral-na-anastacya.html)

Resolvi incrementar o roteiro do blog com informações históricas dos municípios, retirados de textos da internet. E claro de experiências próprias que viagens proporcionaram ou leituras de livros.



Eu e Renata acordamos bem cedo para tomar o café, que faz parte de um ritual sagrado antigo. Saímos de casa rumo a prefeitura de Vila Velha. A galera já estava lá nos aguardando. 


Vila Velha é um município brasileiro localizado no litoral do estado do Espírito Santo, na Região Sudeste do país. Pertence à Região Metropolitana de Vitória e ocupa uma área de 209,965 km², sendo que 54,57 km² estão em perímetro urbano, e a população em 2018 foi estimada pelo IBGE em 486 208 habitantes, o que faz do município o segundo mais populoso do Espírito Santo, atrás apenas da Serra.

O município foi fundado em 23 de maio de 1535 pelo português Vasco Fernandes Coutinho, donatário da Capitania do Espírito Santo, e foi sede desta até 1549, quando a capital foi transferida para Vitória. Figura-se então como a cidade mais antiga do estado, possuindo várias construções históricas, como a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, o Forte de São Francisco Xavier de Piratininga, o Farol de Santa Luzia e o Convento da Penha, sendo este último um dos principais pontos turísticos do Espírito Santo, construído entre os séculos XVI e XVII e tombado como patrimônio histórico cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1943.
Eu, Nata e Anastacya

Prefeitura de Vila Velha

Arcanjos
Partimos rumo a Guarapari pela rodovia sol num magnífico nascer de sol entre nuvens e frescor da manhã. Chegamos logo em Guarapari e tivemos dificuldade de achar a prefeitura pois não havia placa! 
Prefeitura de Guarapari/ES

O GPS indicava outro ponto que também era prefeitura. Seguimos pra lá e não encontramos nada, só uma Croca danada.. rapidinho saímos fora e seguimos pra próxima cidade : Anchieta. 


A cidade de Anchieta tem sua origem ligada à aldeia jesuítica de Iriritiba, também chamada Reritiba, termo de origem tupi que significa "muitas ostras", "ajuntamento de ostras", pela junção dos termos reri (ostra) e tyba (ajuntamento). A aldeia foi fundada pelo padre José de Anchieta em 1561, como local de catequese dos índios. 


A cidade de Anchieta está localizada no sul do Espírito Santo a cerca de 80 quilômetros da capital Vitória. Com uma área territorial de aproximadamente 420 km², o município faz divisa com Guarapari, Alfredo Chaves, Piúma e Iconha.

Localiza-se a uma latitude 20º48'21" sul e a uma longitude 40º38'44" oeste, estando a uma altitude de dois metros. Sua população estimada em 2010 é de 23.894 habitantes. Anchieta é dividida administrativamente em três distritos: Alto Pongal, Anchieta, Jabaquara.

A economia de Anchieta baseia-se no turismo e na pelotização do minério de ferro. A pelotização do minério de ferro se dá através da Samarco Mineração, que traz o minério na região de Mariana (MG) por meio de um mineroduto para ser pelotizado nas suas duas usinas de pelotização em Ubú Hoje a empresa está com as atividades suspensas (rompimento da barragem de Mariana-MG) e isso trouxe um forte impacto econômico negativo para a região.

Prefeitura de Anchieta
Era 07h e já era hora de parar pra tomar um café mais reforçado afinal, saímos de casa na correria danada sem comer direito. 
Na Padoca
Seguimos então para Piúma. Prefeitura muito feia , parecia uma lotérica.
Piúma /ES
Partimos pela orla sentido Itapemirim. Aproveitamos para, após Itaoca, passe na lagoa Guanandy (perto da Reserva da Marinha). A Lagoa Guanandy, ou Lagoa das Sete Pontas, também conhecida como lagoa do Gomes, por encontrar-se na localidade de Gomes, faz parte da APA Guanandy - Área de Proteção criada em 1994, considerada prioritária para conservação por servir de base para estudos biológicos e compor a maior parte do Corredor Ecológico do Guanandy.

A área apresenta importantes remanescentes de restinga, em especial, da mata seca. Com área de 5.242 ha, a APA abriga também o Monte Aghá, pois abrange parte dos municípios de Marataízes, Itapemirim e Piúma. “Guannandy” é uma planta nativa abundante em determinado trecho próximo ao mar, dela os índios extraiam um suco de cor vermelha.

Apesar de apresentar coloração da água naturalmente amarelo escuro, a lagoa é hoje um reservatório natural e serve de abastecimento para os distritos de Itaoca e Itaipava. Margeando a lagoa existe um canal que liga o rio Novo ao rio Itapemirim, que é o Canal do Pinto ou Córrego Comporta, que garante o abastecimento de água durante o verão.
Lagoa Guanandy
Enfim atravessamos a ponte pra Marataízes e seguimos pra Itapemirim ES.
O município de Itapemirim, antes da criação do município de Cachoeiro de Itapemirim, abrangia todo o sul do estado do Espírito Santo até a fronteira com Minas Gerais. O município ocupa a região do baixo rio Itapemirim, que com seu afluente, o rio Muqui do Norte, tem importância decisiva na vida sócio econômica da região.
Toda vida econômica baseava-se na cultura da cana-de-açúcar e na produção de açúcar e aguardente.

O progresso regional estava intimamente ligado a produção de cana-de-açúcar e aguardente. Este trabalho agrícola exigia mão-de-obra escrava que nem sempre era pacíficas ordens e os tratos recebidos.

Uma estatística de 1851 mostra o poderio econômico de Itapemirim. Nesta fase máxima, em seu território, produzia-se mais da metade de todo o açúcar de aguardente do Espírito Santo. Havia 22 engenhos com 1.348 escravos produzindo 78.700 arrobas de açúcar, 12 estabelecimentos produzindo 622 pipas de aguardente, além de 13 grandes fazendas, com 415 escravos rendendo 18.600 arrobas de café

No governo de Muniz Freire (1892 a 1896) foi feito um contrato para estabelecer um engenho central em Itapemirim, entretanto somente no Governo Jerônimo Monteiro (1908 a 1912) houve a efetivação de medida, com a criação da Usina Paineiras, destinada a modernizar e ampliar a produção de açúcar, substituindo os velhos e antieconômicos engenhos. No início do século, com o desmatamento do vale, o Rio Itapemirim começou a apresentar sérias dificuldades para a navegação devido ao assoreamento de seu leito. Também, nesse período, iniciou-se a construção da Estrada de Ferro Itapemirim, que ligava o Porto da Barra do Itapemirim até a Usina Paineiras e, posteriormente (1920), de Paineiras até Cachoeiro.

Com a ligação ferroviária de Cachoeiro de Itapemirim ao Rio de Janeiro (1903) a Vitória (1910) e o assoreamento da foz do rio, o porto da Barra de Itapemirim, que era o principal e único fator de riqueza no município foi desativado. Itapemirim também servia de entreposto da Colônia do Rio Novo e a ela era ligado por um canal artificial, denominado Canal do Pinto, construído pelo engenheiro Pinto. Este canal perdeu sua função a partir da construção da Estrada de Ferro do Litoral, em 1928, que ligava Rio Novo do Sul a Paineiras, e da Estrada de Ferro Itapemirim. Entretanto, com a abertura rodoviária ligando Cachoeiro ao Rio de Janeiro e à Vitória, via Rio Novo, a Estrada de Ferro do litoral perdeu sua razão de ser e foi extinta. Consequentemente, o Município de Itapemirim ficou isolado do desenvolvimento até que muito recente, com as aberturas de vias de comunicação (estradas), houve sua reintegração ao progresso regional.



Itapemirim/ES
Itapemirim/ES
Partimos para a prefeitura de Marataízes, no bairro cidade nova.
Marataízes é um município localizado no litoral sul do estado do Espírito Santo, no Brasil. Faz divisa com Itapemirim, Presidente Kennedy e é banhado pelo Oceano Atlântico. Em 1996, Marataízes se emancipou, se tornando um município independente.

A geografia de Marataízes se caracteriza por florestas tropicais costeiras próximas ao mar. O município é banhado pelo Oceano Atlântico tendo também porções de lagoas de água doce.

Na economia local se destacam a agricultura da plantação de abacaxi, a pesca oceânica e o turismo, que, no verão, recebe um grande número de turistas, muitos deles vindos do sul do Espírito Santo, além de estados vizinhos, principalmente Minas Gerais e Rio de Janeiro.

No final de 2001, o mar invadiu a faixa de areia da praia central, se chocando diretamente com a Avenida Atlântica, destruindo até partes do calçadão de concreto. No entanto, no ano de 2008, o Governo Estadual iniciou uma grande e ousada obra para a recuperação da praia central de Marataízes. A recuperação da praia central de Marataízes compreende duas etapas, consistindo em recompor o trecho afetado por erosões com estruturas de enrocamento (5 no total) e o engordamento da faixa de areia e reurbanização completa para devolver a balneabilidade. Porém, com a obra, acabou as ondas que a gente adorava surfar quando criança!!!! Nada é de graça.

Praia do Siri - Muito movimentada, com estrutura de restaurantes, quiosques e barracas. Localiza-se junto à Lagoa do Siri.
Praia do Centro - Praia de águas calmas e areia fofa, localizada exatamente no Centro de Marataízes.
Além das praias citadas, Marataízes ainda tem como opção os seguintes lugares, que totalizam mais de 25 km de praias: Praia Bacia das Turcas, Praia da Colônia, Praia da Areia Preta, Praia da Barra, Praia dos Cações, Praia da Cidade Nova, Praia da Cruz, Praia da Lagoa D'antas, Praia da Lagoa Funda, Praia das Arraias e Praia do Pontal.

Marataízes destaca-se no sul do estado do Espírito Santo por ser uma cidade conhecida por suas praias e belezas naturais, sendo conhecida como a Pérola Capixaba, recebendo em especial no período de verão inúmeros turistas de diversas localidades, o turismo é fator de extrema importância para o município assim como a agricultura. Após o projeto de recuperação da praia central, a cidade ganhou três piers sendo um deles, um dos pontos turísticos da cidade, pela sua beleza e vista da orla de dia ou a noite, o pier da praia central tornou-se cartão postal da cidade.
Outro ponto turístico da cidade é a Lagoa do Siri, rodeada de quiosques e palco de diversos eventos musicais e esportivos no verão, tem em suas proximidades alguns campings, destacando-se o Camping do Siri, um dos maiores campings do Brasil, com uma estrutura moderna conta além do próprio local para barracas e acampamento, com chalés, e serviço de hotelaria, além de restaurante, bar e atividades de recreação para crianças e adultos, shows, e extensa área verde além de saída para a praia, tendo uma infraestrutura de uma pequena cidade dentro da cidade
Marataízes/ES
Aproveitamos a ida em Marataízes para tomar um suco de abacaxi na casa dos meus pais e comer um cachorro quente do Poder.
Casa dos meus ídolos
Galera reunida
Mamã

Seguimos sentido Presidente Kennedy com o bucho cheio de cachorro quente e suco de abacaxi. Deu até sono na ida. Hahahah


Presidente Kennedy/ES

Presidente Kennedy é um município brasileiro do estado do Espírito Santo. Localiza-se no extremo sul do estado. Presidente Kennedy é uma das cidades menos populosas do Espírito Santo, porém com o maior PIB per capita do país (R$ 815.093,79), em grande parte devido a explorações em alto mar da chamada camada pré-sal no Oceano Atlântico pela Petrobras e outras empresas do ramo. Todavia, continua sendo um município com muita pobreza e desigualdade.

O município se chamaria Batalha, mas com o assassinato do presidente norte-americano John F. Kennedy, fato que abalou o mundo, o deputado estadual Adalberto Simão Nader tomou a iniciativa de sugerir que se homenageasse o político que criou a Aliança para o Progresso, programa de ajuda aos países do 3º Mundo.



Falésias de Marataízes - a caminho de Presidente Kennedy

A Praia de Marobá fica também a 6 quilômetros do Estado do Rio de Janeiro e recebe cerca de dez mil pessoas por final de semana.

Pontos turísticos

Igreja das Neves: construída pelos padres jesuítas no século XVII com ajuda dos escravos e índios catequizados. É um marco do nascimento da cidade.
Mangue: é uma das maiores áreas do país. São 300 hectares cercados de Mata Atlântica e restinga. Destaque para as capivaras, macacos, jacarés.
Trilhas para cavalgadas: o cavalo faz parte da rotina da cidade, é uma paixão local. No trajeto, tanto pelo interior como o litoral encontram-se belos cenários: rios, lagoas, praias e fazendas.
Morro da Serrinha: é possível praticar trekking no local. São 40 minutos de caminhada para alcançar o cume, de onde se avista o Oceano Atlântico, a Pedra do Itabira, o Frade e a Freira, o Monte Aghá e até a Pedra Azul.
Farinheiras: a tradição artesanal de fazer farinha caseira continua em algumas comunidades do município. Tudo começou com os índios e a ajuda do beato Anchieta, que construiu na região a primeira Casa de Farinha.
Mata de restinga: são 9 km entre as praias de Marobá e das neves. A vegetação densa abriga cactos e árvores de até 5 metros de altura.
Praia das Neves: mar calmo e areias claras, próprio para crianças. Possui quiosques de sapê que dão um charme especial ao local.



Já era meio dia, num calor de matar e decidimos seguir retornando para Rio Novo do Sul. E lá chegamos.

Rio Novo do Sul
Fundação
23 de novembro de 1893
sulrionovense
O poder unido é mais forte


Rio Novo do Sul ES
Decdiimos partir para dar tempo de chegar antes de 14h em Buenos Aires ES e comer uma Tilápia. Seguimos num calor escaldante. 
Riders on the Storm

Ao chegar próximo a Iconha o tempo foi fechando e caindo pequenas gotículas de chuva... Pensei "Ahh, chuvinha leve..que beleza...nesse calor!"
Logo depois caiu literalmente uma tempestade que fez quase a gente parar na BR 101 pra esperar passar. Como não colocamos a capa de chuva na hora certa, ficamos eu, Renata e o pessoal literalmente "ensopados". Achei que perderia meu celular que estava no bolso fora de saco estanque.
Nada mais justo: projeto se chama Fazedores de Chuva, tinha que fazer jus ao nome!
Ao chegar na entrada de Buenos Aires a chuva já havia parado. Subimos até a Tilápia, mas estava muito cheio e resolvemos seguir viagem e almoçar em Vianna/ES

E assim termina nossa aventura. Breve tem mais. Sempre mais fortes que nunca.

6 comentários:

Ruan disse...

Dia top. Que venha sábado. Partiu 2° etapa.

Alexandre disse...

Parabéns pelo relato Raphael. Muito bacana. Este estado estado é um verdadeiro tesouro.

Calunga disse...

Estamos juntos meu amigo! Dia realmente inesquecível. Abs

Calunga disse...

Com certeza. Sempre fui muito questionado sobre o ES não ter uma identidade definida. Está aí o segredo: o Estado guarda histórias peculiaridades de cada lugar. Este "desembaraço colonial" é a música que me desafia a tocar este projeto, onde agregará muito a todos nós na valorização e conhecimento sobre o Estado inteiro. Resolvi deixar isso escrito de alguma forma. Abraços e obrigado!

Unknown disse...

Muito bom Rafa, sempre bom andar de moto com propósito e junto com a galera, conhecer a história do estado veio de brinde nesse seu blog.

Unknown disse...

Muito bom Rafa, sempre bom andar de moto com propósito e junto com a galera, conhecer a história do estado veio de brinde nesse seu blog.